6 dicas essenciais para quem deseja empreender em psicologia 

Organização e atenção à legislação garantem segurança jurídica para os psicólogos

Publicado em 20 de outubro de 2025 às 16:48

Cresce o número de psicólogos que investem no próprio consultório e descobrem novos caminhos profissionais (Imagem: VH-studio | Shutterstock)
Cresce o número de psicólogos que investem no próprio consultório e descobrem novos caminhos profissionais Crédito: Imagem: VH-studio | Shutterstock

Empreender em psicologia é um caminho cada vez mais buscado por profissionais que desejam unir propósito e autonomia. No entanto, transformar o conhecimento clínico em um negócio sustentável exige preparo, planejamento e atenção às exigências legais.

Segundo dados do Sebrae, somente no primeiro semestre de 2025 foram criados 2,6 milhões de novos pequenos negócios , alta de 23% em relação ao mesmo período do ano passado. Na área da saúde mental, o movimento também é evidente: o Conselho Federal de Psicologia (CFP) registra atualmente cerca de 437 mil psicólogos ativos no país, uma das maiores comunidades da profissão no mundo.

Entre eles, cresce o interesse em abrir clínicas e consultórios próprios, motivados pela busca por maior retorno financeiro, autonomia e flexibilidade na carreira. “Muitos psicólogos acreditam que abrir o próprio consultório é um passo natural da carreira, mas se deparam com dificuldades que poderiam ser evitadas com orientação e planejamento . Entender desde cedo essas demandas faz toda a diferença”, explica Lorrayne Aquino, psicóloga gestora da Psicologus, e ex-CEO da empresa, adquirida pela Vetor Editora, especializada em saúde mental e parte do grupo Giunti Psychometrics.

Para apoiar esses profissionais, a psicóloga lista 6 dicas essenciais para quem deseja empreender na área. Confira!

1. Entenda os primeiros passos burocráticos

Decida se vai atuar como pessoa física ou jurídica, reúna os documentos necessários e estude a legislação que envolve a prática profissional. Essa base evita problemas futuros e garante segurança jurídica.

2. Planeje o modelo de negócio

Defina o nicho de atuação, formato de atendimento, online e/ou presencial, cumpra os trâmites regulatórios, como o Cadastro Nacional de Profissionais de Psicologia (CRP), Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e alvarás, e organize um planejamento financeiro e de marketing.

É importante separar as finanças pessoais e as do consultório (Imagem: ViDI Studio | Shutterstock)
É importante separar as finanças pessoais e as do consultório Crédito: Imagem: ViDI Studio | Shutterstock

3. Separe as finanças pessoais das profissionais

Um dos erros mais comuns é misturar contas pessoais e do consultório. Essa prática compromete o fluxo de caixa e dificulta a gestão . Tenha contas e registros separados.

4. Invista em habilidades além da clínica

Conhecimentos em gestão, finanças e marketing são diferenciais indispensáveis. Essas competências permitem que o psicólogo tenha visão de negócio e tome decisões estratégicas.

5. Aproveite a tecnologia como aliada

Ferramentas digitais ajudam a organizar atendimentos , manter a comunicação com pacientes, reforçar a presença online em redes sociais, no Google Meu Negócio e em sites profissionais.

6. Comece no momento certo — sem esperar “o ideal”

Não é preciso ter anos de experiência para abrir um consultório. O mais importante é ter segurança clínica, estrutura ética e jurídica e viabilidade financeira para sustentar o negócio.

Lorrayne Aquino reforça que empreender na psicologia exige coragem, mas também preparação. “Com planejamento e apoio certo, o consultório pode se tornar não apenas um espaço de atendimento, mas também um negócio sustentável e realizado com propósito”, finaliza.  

Por Isabela Luz