Publicado em 25 de novembro de 2025 às 16:28
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira (25) que a próxima etapa das negociações com os Estados Unidos será a redução das tarifas que ainda atingem produtos industriais brasileiros. A declaração foi feita durante o Encontro Empresarial Brasil-Estados Unidos 2025, em São Paulo.>
O anúncio recente dos EUA, que retirou a tarifa de 40% de alguns produtos brasileiros, trouxe alívio para exportadores de café e carne, mas o setor manufatureiro ficou de fora. “O próximo passo é trabalhar para excluir ainda mais produtos e reduzir alíquotas, especialmente na área de manufaturas, máquinas, motores, produtos industrializados, madeira, alimentos, mel e outros que ainda não foram contemplados”, explicou Alckmin.>
Segundo ele, muitos produtos industriais brasileiros ainda enfrentam tarifas altas, enquanto produtos americanos entram no país com taxas menores. “É necessário retirar mais itens do tarifaço de Trump e continuar reduzindo alíquotas para recuperar nossa competitividade. O trabalho agora será redobrado”, afirmou.>
Alckmin destacou que o governo seguirá buscando o diálogo e a negociação para acelerar o processo de redução de tarifas.>
Novas frentes de negociação>
Além da pauta tarifária, o vice-presidente revelou que Brasil e EUA vão avançar em áreas estratégicas sem relação direta com impostos:>
Biocombustíveis: questões regulatórias envolvendo produtos americanos estão praticamente resolvidas, trazendo mais previsibilidade ao setor.>
Data centers: programa Redata busca incentivar a instalação de centros de dados no país, aproveitando a energia abundante e renovável brasileira.>
Terras raras: consideradas estratégicas, podem avançar por meio de parcerias tecnológicas.>
Economia digital e Big Techs: negociações podem ampliar investimentos e cooperação regulatória.>
A retirada recente da tarifa de 40% beneficiou mais de 200 produtos, incluindo carne bovina, café, açaí e cacau, ampliando a lista de quase 700 itens que já estavam fora do tarifaço imposto pelos EUA. A decisão vale para produtos enviados a partir de 13 de novembro e reforça o diálogo entre os governos brasileiro e norte-americano para equilibrar o comércio entre os dois países.>