Publicado em 19 de setembro de 2025 às 18:29
A cantora Fafá de Belém manifestou recentemente sua insatisfação com a forma como algumas artistas brasileiras sexualizam o corpo feminino em busca de sucesso na música. Com 69 anos, Fafá condena o tratamento machista e a objetificação do corpo da mulher em letras e performances, afirmando que muitas vezes elas são reduzidas a "um pedaço de carne".>
Em entrevista à revista Veja, Fafá destacou que, diferentemente do que ocorre com certas cantoras nacionais, não observa esse tipo de objetificação entre artistas internacionais. "Você vê a Beyoncé de quatro? Você vê a Rihanna de quatro? Mas os rappers, com seus cordões, cantam letras que muitas vezes objetificam as mulheres", criticou a cantora paraense, que evitou mencionar nomes específicos.>
A artista exemplificou situações de desconforto ao ouvir letras de funk e rap que colocam a mulher "em um lugar sórdido". Ela recordou um episódio em que pediu ao motorista de um táxi para desligar o rádio por causa das músicas com conteúdo que considerou degradante. Fafá defende uma visão respeitosa nas relações entre homens e mulheres e rejeita o que chama de "empoderamento a serviço do machismo e da objetificação do corpo".>
Quando questionada se sua crítica tinha Anitta como foco, ela negou. "São muitas meninas, principalmente as que estão começando e tomam o caminho errado", explicou. Sobre sua própria imagem, Fafá explicou que encarna a "mulher livre" e ressalta a sensualidade natural, distante da exibição exagerada:>
"Cheguei aos 50 anos gorda, com decote que não era para seduzir ninguém, mas porque me acho bonita e adoro. Existe coisa mais bonita e sensual que Maria Bethânia e Gal Costa? Eu trago essa sensualidade amazônica, somos mulheres poderosas e sensuais."
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