Publicado em 19 de setembro de 2025 às 19:57
Alex Dias rodou o Brasil e a Europa, vestiu camisas pesadas e levantou títulos importantes. Mas, quando fala de sua carreira, é impossível não voltar ao começo: o Clube do Remo. Foi no Baenão, entre 1991 e 1994, que o atacante surgido em Rio Brilhante (MS) se apresentou ao futebol profissional.
>
“Foi no Clube do Remo que tudo começou. O Edu, irmão do Zico, sempre agradeço ele nos jogos festivos, me viu e me chamou para o profissional do Remo. Sou grato por isso até hoje”, contou em entrevista ao videocast Charla Podcast.>
As lembranças mais vivas vêm dos clássicos. Alex guarda na memória uma final do Campeonato Paraense contra o Paysandu, quando decidiu o título com dois gols, um deles eternizado no “Gol do Fantástico”.>
“A gente tinha um timão, só que clássico lá era diferente. Lotado o Mangueirão, começa o jogo. Eu pego aquele ali pela esquerda, dou um corte, meto lá no ângulo, 1 a 0. Depois, o Cléberton cruza ainda do campo de defesa, vejo o goleiro adiantado e mando por cobertura. Foi o gol do Fantástico. Aí ganhamos de 2 a 1 o clássico, a final do Paraense”, lembrou.>
Aquela decisão abriu portas para o mundo. Em meio às férias em Salinas, Alex recebeu a ligação que mudaria sua trajetória: a venda para o Boavista, de Portugal. A partir dali, construiu carreira internacional no Saint-Étienne e no PSG, além de brilhar em grandes clubes do Brasil, como Cruzeiro, São Paulo e Fluminense.>
Foi campeão brasileiro em 2003 e 2006, e ergueu a Copa do Brasil em 2007. Ainda hoje, ele sorri ao recordar: “Fui vice-artilheiro numa temporada em que o Giovani, do Santos e Barcelona, fez muito gol pela Tuna Luso”.>