Projeto oferece oficinas de graffiti para mulheres e pessoas LGBTQIAPN+ em Belém e Ananindeua

Iniciativa gratuita do projeto Traços do Norte busca fortalecer a cena do graffiti e valorizar identidades amazônicas por meio da arte urbana.

Publicado em 27 de outubro de 2025 às 14:35

Projeto oferece oficinas de graffiti para mulheres e pessoas LGBTQIAPN+ em Belém e Ananindeua
Projeto oferece oficinas de graffiti para mulheres e pessoas LGBTQIAPN+ em Belém e Ananindeua Crédito: Divulgação 

Com cores, traços e muita representatividade, o projeto “Traços do Norte” chega a Belém e Ananindeua com uma proposta de fortalecer a cena do graffiti local e ampliar o espaço de mulheres e pessoas LGBTQIAPN+ dentro dessa arte urbana. As oficinas formativas são totalmente gratuitas e vão abordar desde a história do graffiti até as técnicas de criação e pintura, sempre com foco na valorização das identidades amazônicas.

As inscrições são online e seguem até o dia 2 de setembro. Podem participar pessoas com mais de 18 anos, e cada selecionado receberá um apoio financeiro de R$ 400, dividido entre o processo formativo e a participação na exposição final.

As atividades acontecem entre setembro e outubro, em três turmas de até 15 pessoas. A primeira será nos dias 6 e 7 de setembro, no Centro Comunitário Unidos Venceremos, em Belém. A segunda ocorre nos dias 20 e 21 de setembro, na Associação dos Moradores da Área Dois da Sacramenta, e a terceira turma será realizada em Ananindeua, na Casa Cura, nos dias 4 e 5 de outubro.

Idealizado pelas artistas e produtoras Emy, Karina e Larix, o Traços do Norte vai muito além da técnica: o projeto propõe um mergulho nas histórias e vivências de cada participante. “O principal objetivo é incentivar cada participante a reconhecer e valorizar seus próprios traços, vivências e ancestralidades. Acreditamos que, por meio dessa linguagem urbana, é possível contar histórias, ocupar espaços e afirmar identidades amazônicas que, muitas vezes, são invisibilizadas”, destacou Emeli Trindade, uma das idealizadoras.

Realizado com apoio da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), o projeto faz parte do eixo de formação voltado à Cultura Urbana e Periférica. A iniciativa reafirma o poder da arte como ferramenta de inclusão, resistência e transformação social, um traço por vez.