Wagner Moura pode levar Brasil ao Emmy; 12 atores com laços tupiniquins concorrem

Pelo segundo ano consecutivo, Wagner Moura é a grande esperança do Brasil no Emmy. O ator, já indicado ao Globo de Ouro por Narcos (2015-2017), tem boas chances de cavar uma vaguinha na categoria melhor ator coadjuvante em série limitada ou telefilme por seu trabalho em Ladrões de Drogas, do Apple TV+. Mas ele não é o único artista com laços brasileiros a se inscrever no prêmio máximo da televisão; outros 12 nomes também colocaram seus nomes na corrida.

São 1.669 artistas apenas nas categorias de atuação e uma dúzia de atores brasileiros ou ligados ao Brasil que decidiram tentar a sorte e buscar uma indicação ao troféu que valoriza os melhores da TV norte-americana.

Figura frequente nessa lista, a atriz Yaya DaCosta (ex-Chicago Med), que tem avô nascido no Brasil, se inscreveu em duas categorias diferentes. A também modelo e ativista concorre como melhor atriz em série limitada ou telefilme pelo longa Not My Family: The Monique Smith Story (inédito no Brasil) e como atriz coadjuvante em série de drama por O Poder e a Lei, da Netflix.

Na segunda, ela baterá de frente com outras duas atrizes que são orgulho do Brasil. Alice Braga decidiu se inscrever por Matéria Escura, do Apple TV+, enquanto a canadense Laysla de Oliveira, que tem pais brasileiros, concorre pela segunda temporada de Lioness, do Paramount+.

Fora do elenco de Euphoria, a filha de brasileiros Barbie Ferreira neste ano decidiu se arriscar como atriz coadjuvante em série limitada ou telefilme pelo terror A Casa Mórbida, disponível no Prime Video. Produzido pela Blumhouse e estrelado por Ariana DeBose, vencedora do Oscar, o longa deve pelo menos chamar a atenção dos votantes por causa do seu pedigree, o que pode atrair alguns olhares para a performance da atriz.

Do lado dos homens, a disputa de coadjuvante em série de drama também conta com três nomes: o mineiro Rafael Silva, que tenta a sorte mais uma vez por seu trabalho em 9-1-1: Lone Star (2020-2025), disponível por aqui no Disney+; o britânico Alfred Enoch (ex-Harry Potter), filho de brasileira, concorre por O Casal da Casa ao Lado (no Universal+); e Kevin Alves, cuja mãe é do Brasil, se inscreveu por Yellowjackets, do Paramount+.

Uma novidade curiosa na relação de atores com sangue brasileiro no Emmy é a atriz Mariska Hargitay, que já foi indicada oito vezes à premiação por seu trabalho no drama Law & Order: SVU, e que chegou a vencê-lo em 2006. Ela voltou a se inscrever pela série policial, mas este será o primeiro ano em que a veterana levará um pouquinho do Brasil para o evento.

É que no documentário My Mom Jayne, que chega à Max no próximo dia 27, a atriz revela que seu pai biológico não é o fisiculturista Mickey Hargitay (1926-2006), mas sim o cantor paulistano Nelson Sardelli.

O mexicano Jaime Camil, filho de uma artista plástica brasileira e que já até namorou Adriane Galisteu, inscreveu-se como ator convidado em série de comédia por sua participação em Lopez vs. Lopez (2022-2025), da NBC.

Já a panamenha Jordana Brewster, musa da franquia Velozes & Furiosos e que é filha da ex-modelo brasileira Maria João, concorre como atriz convidada em série de drama por uma participação na produção jurídica Elsbeth, situada no mesmo universo da premiada The Good Wife (2009-2016).

Para finalizar, há até um ator que não tem sangue brasileiro, mas está ligado ao país por causa do amor. O cineasta italiano Marco Calvani, que se casou em 2023 com o galã Marco Pigossi, está inscrito na categoria melhor ator coadjuvante em série de comédia por uma rara atuação na frente das câmeras na atração As Quatro Estações do Ano, na Netflix.

A votação para definir os indicados ao Emmy segue até o dia 23. O anúncio de quem vai disputar o prêmio de fato está marcado para 15 de julho, e a cerimônia de entrega dos troféus vai ao ar em 14 de setembro.