Publicado em 2 de setembro de 2025 às 18:32
O cinema brasileiro alcançou um marco inédito nesta terça-feira (2). O longa “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, foi eleito o melhor filme do ano pela Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fipresci), recebendo o prestigiado Grand Prix. É a primeira vez que uma produção nacional conquista a honraria, concedida após votação de 739 críticos de 75 países.>
O reconhecimento será oficializado no dia 19 de setembro, durante a sessão de abertura do Festival de San Sebastián, na Espanha. O feito coloca Salles ao lado de cineastas consagrados como Pedro Almodóvar, Paul Thomas Anderson, Jean-Luc Godard e Roman Polanski, todos já laureados com o mesmo prêmio.>
A trajetória do filme já vinha sendo histórica. Desde a estreia mundial em setembro de 2024, no Festival de Veneza, a obra soma mais de 60 prêmios internacionais, incluindo o primeiro Oscar de Melhor Filme Internacional já conquistado pelo Brasil.>
Além de “Ainda Estou Aqui”, o país também estava representado na disputa com “O Agente Secreto”, de Kleber Mendonça Filho, que chega aos cinemas brasileiros em 6 de novembro.>
Baseado no livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, o drama narra a resistência de sua mãe, Eunice Paiva (interpretada por Fernanda Torres), contra a ditadura militar, enquanto luta pelo reconhecimento da morte do marido, o ex-deputado Rubens Paiva, assassinado pelo regime.>
Com este prêmio, Walter Salles reforça seu nome no seleto grupo de cineastas que moldaram a história do cinema mundial e dá ao Brasil um espaço inédito no mapa das maiores conquistas da sétima arte.>