Após quase 60 anos, Seleção Brasileira se prepara para ter um técnico estrangeiro novamente

Italiano deve assumir o cargo em maio e quebrará tabu que dura desde 1965, quando o argentino Filpo Nuñez dirigiu o Brasil por um jogo.

Publicado em 29 de abril de 2025 às 16:56

Após quase 60 anos, Seleção Brasileira se prepara para ter um técnico estrangeiro novamente
Após quase 60 anos, Seleção Brasileira se prepara para ter um técnico estrangeiro novamente Crédito: Reprodução

A Seleção Brasileira está prestes a ter, pela quarta vez em sua história, um treinador estrangeiro no comando. Com acordo já alinhado entre Carlo Ancelotti e a CBF, resta apenas a liberação do Real Madrid para que o italiano assuma oficialmente o cargo, o que pode acontecer ainda no mês de maio. Caso se confirme, Ancelotti encerrará um jejum de 60 anos sem técnicos de fora do país à frente da equipe pentacampeã do mundo.

A chegada do treinador europeu marca um momento raro e histórico. Ao longo dos mais de 100 anos da Seleção Brasileira, apenas três técnicos estrangeiros tiveram a oportunidade de comandar o time nacional. O primeiro foi o uruguaio Ramón Platero, em 1925, durante o Campeonato Sul-Americano (atual Copa América). Depois dele, o português Joreca dividiu o comando com Flávio Costa em 1944, em amistosos contra o Uruguai. O último caso aconteceu em 1965, quando o argentino Filpo Nuñez, então técnico do Palmeiras, dirigiu o Brasil em um amistoso simbólico contra os uruguaios, durante a inauguração do Mineirão e venceu por 3 a 0.

Agora, quase seis décadas depois, Ancelotti caminha para se juntar a esse seleto grupo. A expectativa é que ele esteja no Brasil a partir de 26 de maio para anunciar pessoalmente os convocados da próxima Data Fifa. Os primeiros compromissos seriam contra Equador e Paraguai, nos dias 4 e 9 de junho.

O acordo com a CBF mantém a base salarial que o treinador recebe atualmente no Real Madrid: cerca de 10 milhões de euros por temporada. Nos bastidores do clube espanhol, já se cogita que Ancelotti não continue na próxima temporada e até sua esposa teria deixado escapar a novidade ao dizer “nos vemos no Brasil” após a final da Copa do Rei, segundo a TNT Sports.

Seus títulos por Milan, Chelsea, PSG, Bayern e, principalmente, Real Madrid credenciam Ancelotti como um dos maiores técnicos do futebol mundial. E, com ele, a CBF aposta não apenas em um currículo vitorioso, mas em uma guinada histórica: a volta de um estrangeiro ao comando da Seleção, agora com a missão de recolocar o Brasil no topo do futebol internacional.