Publicado em 1 de maio de 2025 às 13:52
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ainda não desistiu de Carlo Ancelotti como o nome ideal para comandar a Seleção Brasileira. Mesmo com o esfriamento das negociações nos últimos dias, a entidade trabalha nos bastidores com uma nova e decisiva cartada para tentar fechar com o treinador italiano até o fim de maio, antes dos dois próximos jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo.
Fontes próximas ao presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, reconhecem que o cenário ficou mais complicado recentemente. A apatia do Real Madrid em liberar o técnico e a indefinição do próprio Ancelotti após o fim da temporada europeia são os principais entraves. Ainda assim, o vazamento de detalhes do acordo que vinha sendo costurado foi uma jogada estratégica: pressionar publicamente o clube espanhol e o treinador a dar uma resposta definitiva.
Enquanto isso, crescem os movimentos internos por outras opções. Entre os nomes mais citados, dois portugueses despontam com força: Jorge Jesus e Abel Ferreira. O primeiro, hoje técnico do Al-Hilal, é velho conhecido do futebol brasileiro após sua passagem vitoriosa pelo Flamengo, com títulos como a Libertadores e o Brasileirão em 2019. Com uma relação próxima de dirigentes da CBF e de clubes influentes, Jorge Jesus tem o apoio de uma ala da entidade que defende um técnico estrangeiro com experiência local.
Já Abel Ferreira é o nome que mais agrada a outra parcela da cúpula. Multicampeão com o Palmeiras desde 2020, o português coleciona títulos importantes, duas Libertadores, uma Copa do Brasil, dois Brasileiros e uma Supercopa. Além do currículo vitorioso, Abel é visto como um treinador disciplinado, estrategista e com profundo conhecimento do futebol brasileiro. A favor dele, pesa também o fato de estar em atividade no país e falar fluentemente o português, o que facilitaria a adaptação.
A CBF, porém, não crava um plano B definitivo. A prioridade continua sendo Ancelotti, e a ideia é resolver a situação antes da próxima Data Fifa. Caso a investida derradeira pelo italiano fracasse, o comando da Seleção poderá ficar nas mãos de um técnico estrangeiro que já conquistou seu espaço em solo brasileiro.