Publicado em 23 de junho de 2025 às 09:52
O Paysandu venceu o Remo por 1 a 0 no clássico Re-Pa deste sábado (21), válido pela 13ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, e manteve vivo o sonho de escapar da zona de rebaixamento. Comandado por Claudinei Oliveira há apenas duas semanas, o time bicolor demonstrou evolução tática e eficiência, mesmo sem dominar a posse de bola.>
Após o clássico, Claudinei destacou o desempenho do Papão, ressaltando que sua equipe esteve mais próxima de ampliar o placar do que o rival de empatar. “Tivemos mais perto de fazer o segundo e o terceiro gol do que o Remo o de empatar, isso foi claro”, afirmou o treinador. Segundo ele, a posse de bola — superior a 60% para o Leão — não refletiu a efetividade em campo. “Se posse de bola fosse o mais importante, quem tivesse mais levaria dois pontos, mas não é assim que funciona.”>
A estratégia de Claudinei incluiu mudanças significativas no meio de campo. O treinador optou por um sistema com três volantes e abriu mão de um meia para dar mais força defensiva e velocidade na transição. “Tiramos um meio-campista, jogamos com três volantes e o Rossi mais à frente. Perdemos um pouco de pressão, mas ganhamos em agressividade e roubadas de bola”, explicou.>
Mesmo com menos posse, o Paysandu finalizou 21 vezes, sendo sete na direção do gol, obrigando o goleiro Marcelo Rangel, do Remo, a fazer várias defesas. Já Matheus Nogueira, do Papão, só foi exigido em uma cabeçada.>
Além de elogiar a atuação tática da equipe, Claudinei fez questão de enaltecer o papel da torcida bicolor, que lotou o lado B do Mangueirão mesmo com o clube na lanterna da Série B. “Isso não tem preço. É um patrimônio do clube. Em poucos lugares do Brasil se vê isso”, destacou o técnico, emocionado.>
O comandante ainda comparou o Re-Pa com outros clássicos do futebol brasileiro. “Trabalhei com o Ailton aqui, que atuou em Gre-Nal, Fla-Flu… Ele disse que nunca viu nada igual ao Re-Pa. Se ele falou isso, quem sou eu pra contestar?”>
Com a vitória, o Paysandu ganha fôlego e moral para seguir sua luta contra o rebaixamento, enquanto Claudinei Oliveira parece encontrar o caminho da reação dentro e fora de campo.>