Doença de Parkinson: capoeira e outros esportes de alta complexidade podem regredir sintomas

A condição exige acompanhamento fisioterapêutico e uma rotina frequente de exercícios físicos, além de uma alimentação equilibrada.

Publicado em 17 de junho de 2025 às 15:28

Doença de Parkinson: capoeira e outros esportes de alta complexidade podem regredir sintomas
Doença de Parkinson: capoeira e outros esportes de alta complexidade podem regredir sintomas Crédito: Freepik

A doença de Parkinson prejudica a qualidade de vida, reduzindo a funcionalidade do corpo e da mente. Exercícios físicos e esportes, como a capoeira, são aliados para a redução dos sintomas e mais autonomia ao indivíduo.

O diagnóstico é clínico e pode ter o auxílio de exames de neuroimagem, como ressonância magnética e tomografia computadorizada. Elas servem para descartar outras possíveis doenças e identificar degenerações de áreas específicas do cérebro associadas ao Parkinson.

Essa doença é reconhecida, principalmente, pelos sintomas motores, como tremores em repouso, que pioram com o esforço; rigidez muscular; lentidão ao se movimentar; postura inadequada e déficit físico. Não existe cura para a condição, mas a intensidade dos sinais pode ser controlada com uso de medicamentos prescritos pelo médico, acompanhamento fisioterapêutico e uma rotina frequente de exercícios físicos, priorizando esportes de alta complexidade.

De acordo com Fernando Alípio, professor do curso de Fisioterapia da UNAMA (Universidade da Amazônia), a capoeira é um exemplo prático e tem resultados benéficos para pacientes com a condição. "Ela é uma expressão cultural e um esporte que trabalha a coordenação motora, estimulando, de forma simultânea, as capacidades física e cognitiva. Além disso, dá autonomia para o indivíduo na execução dos golpes da modalidade", explica.

Além de reduzir a funcionalidade dos movimentos e apresentar disfunção cognitiva, o paciente pode ter sequelas na saúde mental, potencializando o isolamento social, a depressão e a ansiedade. Por conta disso, o profissional destaca os cuidados que essas pessoas precisam ter. "Além das atividades físicas, é fundamental o paciente seguir uma dieta balanceada e livre de consumos alcóolico e tabagismo. Dessa forma, é possível retardar os sintomas da doença e, consequentemente, ter uma melhora de vida", salienta Alípio.