Publicado em 16 de maio de 2025 às 08:34
Horas após o desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), determinar o afastamento de Ednaldo Pereira da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), dirigentes de 19 das 27 federações estaduais divulgaram um manifesto pedindo o fim da instabilidade jurídica na entidade e defendendo a construção de um novo ciclo para o futebol nacional.>
O presidente da Federação Paraense de Futebol (FPF), Ricardo Gluck Paul, assinou o documento rompendo com a administração de Ednaldo. Ricardo, assim como os outros 18 presidentes de federações, defendem novas eleições na CBF com chapa única.>
O documento propõe uma CBF “mais democrática, mais integrada e mais aberta à participação de todos”, além de anunciar a formação de uma chapa para disputar a presidência e as vice-presidências da instituição. O manifesto afirma que o futebol brasileiro vive um momento decisivo e exige reformas estruturais urgentes, como calendário mais equilibrado, arbitragem profissionalizada, melhorias nos gramados, segurança nos estádios e fortalecimento das competições.>
Embora ainda contasse com apoio dos clubes da Série A — interessados na promessa de controle do Campeonato Brasileiro a partir de 2027 — Ednaldo Pereira vê sua permanência enfraquecida diante da mobilização da maioria das federações. O grupo de 19 entidades signatárias também pede o resgate da autonomia da CBF, que, segundo eles, está “sufocada por uma estrutura excessivamente centralizada”.>
O manifesto foi assinado pelos presidentes das federações de futebol de Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão, Ceará, Sergipe, Rondônia, Pará, Roraima, Amazonas, Acre, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Paraná, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Não aderiram ao documento os estados de Amapá, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Pernambuco, São Paulo e Tocantins.>