Publicado em 7 de setembro de 2025 às 20:21
Romarinho, filho do ex-jogador e senador Romário, vive há seis meses uma realidade distante dos gramados brasileiros. Aos 31 anos, o atacante atua pelo UCSA, da Ucrânia, e convive diariamente com os efeitos da guerra no país. Em entrevista ao projeto Futebol na Guerra, comandado pelo jornalista Cartolouco, o jogador contou que, apesar do clima de tensão, tem conseguido se adaptar à rotina marcada por explosões e tiros.>
Segundo ele, a decisão de aceitar o desafio teve incentivo do pai. “Quando surgiu a oportunidade, meu pai se amarrou na ideia, botou muita pilha para eu vir. A iniciativa foi mais dele que minha. Aqui acontece muito bombardeio e mostrei isso para minha família. Aí, quando voltei de férias, pediram para que eu não voltasse mais”, disse.>
Romarinho relatou episódios de risco que já enfrentou, como ao tentar registrar os ataques da janela de casa. “Estava ouvindo barulho de explosões próxima da minha casa. Vim na janela para filmar. Quando boto a cara, vejo um drone. Saí correndo e não voltei mais na janela. Também ouvimos barulhos de tiros nos treinamentos”, lembrou.>
O atacante explicou que as sirenes de ataque soam diariamente, mas que já aprendeu a conviver com a situação. “Apesar de tudo, vivo muito bem aqui e consigo guardar um dinheiro antes de voltar para casa”, afirmou.>
Para Cartolouco, que acompanha de perto a realidade no Leste Europeu, a experiência vai além do futebol. “Estar fazendo essa série é assustador. Você não consegue prever nada do que vai acontecer. Ainda assim, vale muito como trabalho jornalístico para mostrar os efeitos da guerra dentro do futebol”, avaliou.>