Justiça britânica decide levar adiante processo de Felipe Massa por manipulação em 2008

O processo também coloca no centro da discussão a FIA, a Formula One Management (FOM) e seu ex-chefe Bernie Ecclestone

Publicado em 20 de novembro de 2025 às 15:35

Massa sustenta que a corrida em Marina Bay foi influenciada por um acidente proposital envolvendo Nelson Piquet Jr
Massa sustenta que a corrida em Marina Bay foi influenciada por um acidente proposital envolvendo Nelson Piquet Jr Crédito: Instagram / Felipe Massa

A disputa jurídica iniciada por Felipe Massa sobre o desfecho do Mundial de Fórmula 1 de 2008 ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira (20). A Justiça britânica aceitou dar prosseguimento à ação movida pelo ex-piloto, que alega ter sido prejudicado por uma manipulação no GP de Singapura daquele ano.

Ao rejeitar o pedido dos acusados para arquivar o caso, o juiz Robert Jay afirmou que, embora algumas alegações possam soar improváveis, há elementos suficientes para que a ação siga para julgamento. Massa sustenta que a corrida em Marina Bay foi influenciada por um acidente proposital envolvendo Nelson Piquet Jr., então piloto da Renault, que teria batido o carro de maneira deliberada para favorecer o companheiro de equipe Fernando Alonso.

O processo também coloca no centro da discussão a FIA, a Formula One Management (FOM) e seu ex-chefe Bernie Ecclestone. Segundo a defesa de Massa, as entidades e o dirigente teriam ocultado informações sobre a manipulação para evitar consequências esportivas e proteger envolvidos.

O GP de Singapura de 2008 é lembrado pela batida de Piquet Jr., que acionou o Safety Car no momento ideal para a estratégia de Alonso, vencedor da prova. Massa, que liderava a corrida, perdeu qualquer chance de pontuar após um erro nos boxes: a mangueira de combustível ficou presa em seu carro, fazendo-o despencar para o 13º lugar. Lewis Hamilton, rival direto na briga pelo título, terminou em terceiro e somou pontos decisivos.

O britânico acabaria campeão por apenas um ponto de vantagem. A defesa de Massa argumenta que, caso a corrida fosse anulada, o brasileiro terminaria o campeonato à frente, alterando o resultado final da temporada.