Mangueirão poderá receber "naming rights" a partir de concessão pública

Até o dia 4 de julho, poderão ser encaminhadas propostas à Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (Seplad), que ficará responsável por incorporá-las ao edital definitivo, a ser divulgado na sequência

Publicado em 26 de junho de 2025 às 13:26

Mangueirão ficou lotado em mais um Re-Pa -
Mangueirão ficou lotado em mais um Re-Pa - Crédito: Reprodução/Redes sociais

O Governo do Pará avança na busca por parceiros comerciais para rebatizar espaços públicos de grande circulação em Belém. Entre os equipamentos incluídos no pacote está o Estádio do Mangueirão, que deverá ter seus naming rights concedidos à iniciativa privada por meio de licitação prevista para ocorrer em breve. A medida faz parte de um projeto mais amplo que inclui outros quatro espaços públicos, entre eles a Arena Guilherme Paraense, o Mangueirinho. A informação é do jornalista Junior Cunha.

Nesta quinta-feira (26), uma audiência pública realizada na sede da Procuradoria Geral do Estado reuniu autoridades e representantes da sociedade civil para debater os critérios do processo. Até o dia 4 de julho, a população poderá encaminhar propostas à Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (Seplad), que ficará responsável por incorporá-las ao edital definitivo, a ser divulgado na sequência.

Dados apresentados durante a reunião revelam o peso econômico dos dois principais espaços esportivos do estado. Somente em 2024, o Mangueirão recebeu cerca de 2 milhões de pessoas ao longo de 68 eventos, com público médio de 30 mil por atividade. A receita gerada no período variou entre R$ 8 milhões e R$ 12 milhões. Já o Mangueirinho registrou 37 eventos e cerca de 190 mil visitantes, arrecadando de R$ 4 milhões a R$ 6 milhões.

A concessão do nome será válida por cinco anos. Além da exposição de marca, a empresa vencedora deverá assumir compromissos sociais e apoiar ações educativas. O edital também exigirá contrapartidas que garantam manutenção permanente dos espaços, especialmente diante da expectativa de maior visibilidade com a realização da COP 30 em Belém.

O processo será realizado conforme as normas da nova Lei de Licitações (Lei Federal nº 14.133/21), em modalidade de pregão presencial, e com base em orientações do Tribunal de Contas da União.