Publicado em 15 de outubro de 2025 às 07:44
O técnico Márcio Fernandes deixou o Mangueirão emocionado após a derrota do Paysandu por 3 a 2 para o Remo, na noite desta terça-feira (14), em um dos Re-Pas mais intensos dos últimos anos. Durante a coletiva, o treinador reconheceu o bom desempenho da equipe na etapa final, lamentou a oportunidade perdida por Carlos Eduardo quando o jogo ainda estava empatado e afirmou que o time seguirá lutando até o fim para escapar do rebaixamento.>
“Acho que fizemos um bom jogo, tivemos números melhores que o Remo, mas não fomos letais. Depois que empatamos, tivemos a bola do jogo, o jogador entrou sozinho, mas não finalizou. Talvez, se tivesse finalizado, hoje estaríamos falando de vitória”, disse Márcio, visivelmente abalado.>
O técnico não conteve as lágrimas ao relembrar o lance que poderia ter mudado o resultado do clássico. “Está no sangue. A partir do momento que empatamos, a projeção era de vitória. Quando acontece aquilo, não tem como segurar. É bom a gente ter sentimentos”, afirmou, com a voz embargada.>
Apesar do revés, o treinador destacou a evolução do Paysandu no segundo tempo, quando o time reagiu após um início apagado. “No primeiro tempo não conseguimos aplicar o que planejamos. Ajustamos no intervalo e, com o meio-campo mais organizado, passamos a dominar o jogo. Os gols em sequência deram confiança, os jogadores começaram a fazer o que sabem”, avaliou.>
Márcio também lamentou o recorrente problema de sofrer gols nos minutos finais. “Tomamos muitos gols no fim, e isso abala, ainda mais na situação em que estamos”, desabafou.>
Sobre Garcez, autor de um dos gols bicolores, o técnico revelou que o atacante jogou no limite físico. “Garcez foi até onde deu. Estava em tratamento e fez de tudo pra estar em campo. É um jogador diferente, e hoje mostrou isso.”>
Questionado sobre a ausência de Rossi, uma das principais peças do elenco, Márcio afirmou que foi uma opção técnica. “O Rossi ficou fora por decisão nossa. Ele faz parte do grupo, mas para esse jogo optamos por não levá-lo. Isso não significa que nos próximos ele não possa ir.”>
Mesmo com a derrota e a posição delicada na tabela, o treinador garantiu que o Paysandu vai lutar até o último jogo. “Enquanto houver chances, vamos brigar. No futebol, às vezes quatro mais quatro não dá oito. Temos que trabalhar e acreditar. Nada é impossível.”>