Publicado em 23 de dezembro de 2025 às 12:11
Em sua primeira coletiva como presidente interino do Paysandu Sport Club, Márcio Tuma deixou claro que a principal prioridade da nova gestão será enfrentar o volume de ações trabalhistas que tramitam contra o clube. A entrevista foi concedida no fim da tarde desta segunda-feira (22), no estádio da Curuzu, e marcou oficialmente o início do mandato após a renúncia de Roger Aguilera.>
Advogado e até então diretor jurídico do Paysandu, Tuma evitou entrar em detalhes sobre a saída do ex-presidente. Ele classificou o tema como “de foro íntimo” e indicou que a decisão está relacionada a questões de saúde na família de Aguilera. O foco da coletiva, no entanto, foi direcionado à reorganização financeira e ao planejamento esportivo visando a temporada de 2026.>
Segundo o novo dirigente, o passivo trabalhista exige uma resposta estruturada e transparente. Márcio Tuma afirmou que irá apresentar publicamente, dentro do prazo de 90 dias, um plano para lidar com os débitos acumulados em processos movidos por atletas e ex-funcionários. “Vou me comprometer pessoalmente a, no prazo de 90 dias, apresentar um plano para que a gente veja a melhor maneira de pagar esses débitos”, declarou.>
Tuma reconheceu que os valores cobrados nas ações judiciais chamam atenção, mas ponderou que, historicamente, as condenações costumam ser inferiores aos montantes inicialmente pedidos. Ainda assim, destacou que o impacto jurídico não pode ser minimizado. “A gente sabe que o valor da causa assusta, mas o histórico mostra que os valores são bem inferiores nas condenações. Mesmo assim, por ser do jurídico, isso me incomoda bastante”, afirmou.>
O presidente interino também contextualizou a crise financeira vivida pelo clube, apontando o rebaixamento à Série C como fator decisivo para o agravamento da situação. De acordo com ele, a queda de receitas e a diminuição no número de sócios comprometeram o equilíbrio das contas. “No primeiro semestre ainda conseguimos manter os pagamentos em dia, mas o rebaixamento afetou diretamente a arrecadação e acabou nos prejudicando”, concluiu.>
A sinalização da nova gestão reforça a tentativa de dar maior previsibilidade e organização ao Paysandu, em um momento de transição administrativa e reconstrução financeira, com foco na estabilidade institucional e esportiva para 2026.>