Publicado em 23 de agosto de 2025 às 19:37
O empate do Remo diante do Coritiba, que poderia ter colocado o clube no G4 da Série B, ficou em segundo plano após a forte manifestação de Marcos Braz. Em coletiva, o executivo de futebol mirou toda sua indignação na arbitragem e chamou as decisões tomadas com auxílio do VAR de “piada” e “brincadeira”.>
“O que foi feito aqui foi uma covardia com o Remo”, afirmou Braz, ao comentar a anulação de um pênalti a favor do Leão e da expulsão do atacante Davô, que também foi anulada, além do pênalti posteriormente marcado para o adversário e também cancelado pelo vídeo. Para o dirigente, o árbitro demonstrou insegurança durante todo o jogo e teria conduzido a partida com “medo”.>
O executivo fez questão de destacar que o problema não passou pelo adversário, mas sim pela arbitragem, ao mesmo tempo, em que lembrou das dificuldades que clubes da Região Norte enfrentam em relação à logística.>
Entretanto, a postura de Braz também chamou atenção por outro detalhe: ao assumir o microfone e concentrar sua fala somente na arbitragem, ele evitou abrir espaço para perguntas sobre o trabalho do técnico Antônio Oliveira, que segue pressionado pelos resultados recentes. Questionado sobre o treinador, Braz desconversou. “Hoje não é o Antônio, não é o jogador, hoje é a arbitragem”, resumiu, em um movimento que soou como uma blindagem à permanência do comandante.>
Assim, além de protestar contra os erros que, segundo ele, prejudicaram diretamente o Remo, o dirigente acabou criando uma espécie de cortina de fumaça, amenizando as críticas que naturalmente recaem sobre o treinador em um momento em que o clube bate na trave para entrar no grupo de acesso.>
“Peço desculpas à torcida e ao próprio treinador por estar aqui falando. Mas não poderia deixar de registrar esse repúdio. O que aconteceu hoje não pode se repetir”, concluiu Braz.>