Noah Diamantino brilha em Aracaju e conquista o vice-campeonato na Copa Brasil de Kart

Com talento de gente grande e o carisma de um menino que sonha alto, Noah Diamantino, de apenas 9 anos, encerrou sua participação na 26ª Copa Brasil de Kart, em Aracaju–SE, com um desempenho de destaque. Apesar de não levar o troféu principal para casa, o paraense conquistou o vice-campeonato da categoria Mirim, em uma final eletrizante realizada neste domingo (27), e reafirmou seu nome como uma das grandes promessas do automobilismo brasileiro.

Noah largou na pole position, após vencer as duas baterias classificatórias, e protagonizou uma disputa acirrada com Igor Ohpis, que acabou vencendo a prova e conquistando seu primeiro título nacional. Os dois se distanciaram do restante do pelotão e travaram uma verdadeira batalha roda a roda, com ultrapassagens emocionantes até a última volta.

“Como a gente competiu junto, foi uma disputa limpa. Na última volta, você me passou. Você é o campeão da Copa do Brasil e eu sou o vice. Parabéns!”, declarou Noah, com maturidade e espírito esportivo, em uma mensagem dirigida ao adversário.

Mesmo sem o título, o garoto paraense sai de Aracaju como um dos nomes mais comentados da competição. Com apenas seis meses de carreira em campeonatos oficiais, Noah já acumula três vitórias e três segundos lugares em seis etapas da Copa São Paulo Light de Kart, onde lidera a categoria Mirim Rookie.

Mas o sonho de Noah começou antes das pistas. Aos cinco anos, durante uma visita aos boxes da Aston Martin na Fórmula 1 ao lado do pai, ele se encantou com o ambiente das corridas e, inspirado por Sebastian Vettel, decidiu ali mesmo que queria ser piloto.

Desde então, a paixão virou rotina. A família apostou no sonho e mudou-se para um lugar com estrutura profissional para o kartismo. Hoje, Noah integra a equipe Prokart Racing, chefiada pelo experiente Diogo Broka, com apoio técnico e logístico completo: coach, mecânicos, analistas de desempenho e um plano sólido de desenvolvimento.

Entre pódios e treinos, o garoto mantém firme uma tradição que diz muito sobre suas raízes: seu chapéu de cowboy, que leva consigo como símbolo da infância vivida na fazenda, entre cavalos, pescarias e brincadeiras com os irmãos.

De fala leve, mas determinado, Noah segue mirando longe.

“Quero ser campeão da Fórmula 1”, repete com a convicção de quem já começou a trilhar esse caminho, e com resultados que fazem muitos acreditarem que o Brasil pode, sim, ter seu novo grande nome no automobilismo mundial.