Publicado em 15 de outubro de 2025 às 16:08
O número 33 voltou a ecoar nas arquibancadas azulinas na noite desta terça-feira (14), durante o Re-Pa de número 780. Após marcar o terceiro gol do Clube do Remo nos acréscimos, o meia Diego Hernández celebrou de forma emblemática: retirou a camisa e exibiu o número 33 para a torcida, gesto que rapidamente tomou conta das redes sociais e reacendeu uma das maiores tradições do futebol paraense.>
Mais do que um simples algarismo na camisa, o número 33 representa um símbolo histórico do Clube do Remo. Ele remete ao lendário tabu de 33 jogos de invencibilidade do Leão Azul sobre o Paysandu, seu maior rival, durante a década de 1990, uma sequência que marcou época e consolidou o domínio azulino nos clássicos Re-Pa.>
Entre 1993 e 1997, o Remo manteve uma impressionante série invicta contra o Paysandu: foram 21 vitórias do Leão e 12 empates, totalizando 33 jogos sem derrota. A sequência, que durou quatro anos, se transformou em um marco da rivalidade centenária. Desde então, o número 33 passou a ser reverenciado pela torcida, estampando faixas, camisas e cânticos nas arquibancadas.>
Em um de seus cânticos mais tradicionais, a torcida azulina entoa:>
“Do tabu de 33, a vergonha nacional, essa mancha não se apaga nunca mais.”>
Ao longo dos anos, diversos jogadores que vestiram a camisa azulina adotaram o número 33 como forma de homenagear o tabu. Ídolos como Eduardo Ramos e nomes mais recentes, como Felipe Vizeu, já utilizaram o número, reforçando a mística e a ligação espiritual entre o Remo e o algarismo que simboliza sua superioridade sobre o maior rival.>
No Re-Pa 780, essa simbologia ganhou um novo capítulo. O gesto de Diego Hernández, autor do gol que consolidou a vitória azulina nos acréscimos, foi visto pelos torcedores como uma referência direta ao tabu histórico e um lembrete de que o peso da camisa e da tradição permanecem vivos.>
Para muitos azulinos, o número 33 transcende as quatro linhas: é um amuleto, um marco de glória e uma lembrança eterna de um período em que o Clube do Remo reinou soberano no futebol paraense.>
Elias Felippe (Estagiário sob supervisão de Cássio Leal, editor-chefe da tarde).>