Publicado em 7 de dezembro de 2025 às 13:07
O Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região manteve integralmente a condenação do Paysandu no processo movido por Hélio dos Anjos. O clube seguirá obrigado a pagar mais de R$ 2,3 milhões ao ex-treinador, além de serem confirmadas as multas aplicadas a ele por condutas consideradas ofensivas durante o andamento da ação.>
O Paysandu tentou reverter parte da decisão, alegando que a demissão deveria ser tratada como justa causa e que multas do STJD pagas pelo clube deveriam ser descontadas das verbas rescisórias. Os desembargadores rejeitaram todos os argumentos, reforçando que a rescisão sem justa causa registrada oficialmente não pode ser reinterpretada e que penalidades esportivas não têm natureza trabalhista.>
O TRT também destacou que episódios de desrespeito cometidos por Hélio durante o processo — que geraram multa pessoal, inclusive por manifestação tida como misógina — não afetam seus direitos trabalhistas. Esses atos permanecem restritos ao âmbito processual e não reduzem o valor devido pelo clube.>
Com isso, ficam mantidas todas as verbas reconhecidas na sentença de primeira instância, incluindo salários atrasados, rescisão, FGTS com multa e indenizações previstas em contrato. O Tribunal concluiu novamente que o Paysandu não comprovou qualquer dano financeiro que justificasse alteração do valor total.>
Paralelamente ao processo, o clube chegou a sondar Hélio para um possível retorno em 2026. Segundo o ex-presidente Alberto Maia, houve uma conversa direta com o treinador, mas as negociações não avançaram. Dias depois, o Paysandu oficializou Júnior Rocha como novo técnico.>