Presidente do Paysandu fala sobre contratações para Série C: 'Nem sempre é só dinheiro'

Em um esforço declarado para restaurar a credibilidade institucional, a atual gestão do Paysandu Sport Club definiu a reconstrução da imagem do clube no mercado do futebol como uma de suas missões centrais. O presidente interino, Márcio Tuma, admitiu que problemas como atrasos salariais e ações judiciais milionárias movidas por atletas nas últimas temporadas causaram um desgaste significativo, que agora impacta as negociações.

"A reputação é um ativo fundamental. Quando um atleta ou empresário é contatado, a primeira coisa que faz é investigar a saúde do clube: se os salários são pontuais, qual a estrutura oferecida, se existe uma equipe técnica qualificada. Estamos empenhados em uma reestruturação profunda justamente para restaurar essa confiança", afirmou Tuma durante coletiva à imprensa.

Diante das limitações financeiras e do cenário de desconfiança, a diretoria estabeleceu uma nova diretriz para suas operações no mercado. A proposta é competir com base na organização e na segurança institucional, e não no valor dos contratos.

"Nossa oferta nem sempre será o maior salário do mercado. Estamos construindo a proposta de um clube organizado, com estrutura adequada e, acima de tudo, com o compromisso inegociável de honrar os pagamentos na data combinada. O jogador de hoje também busca um ambiente onde possa se desenvolver com estabilidade", explicou o dirigente.

Tuma reforçou que essa previsibilidade financeira deve se tornar o "novo cartão de visitas" do Paysandu. Segundo ele, a medida é uma condição básica para, em contrapartida, exigir um alto nível de profissionalismo e rendimento dos atletas.