Publicado em 1 de maio de 2025 às 15:50
Remo e Paysandu protagonizam mais um capítulo da rivalidade mais emblemática do futebol paraense. Na próxima quarta-feira (7), às 20h, no estádio Mangueirão, os maiores clubes do estado iniciam a decisão do Campeonato Paraense 2025. O duelo será o 777º Re-Pa da história, número que reforça o peso e a tradição do clássico centenário, que já ultrapassou fronteiras e desafia o tempo com histórias marcantes.>
Na atual edição do Parazão, os rivais já se enfrentaram uma vez e empataram em um jogo eletrizante, com o Paysandu arrancando a igualdade nos acréscimos. A promessa é de mais emoção nas finais, com o título decidido em dois confrontos, e a rivalidade cada vez mais intensa dentro e fora de campo.>
O Re-Pa, que teve sua primeira edição no dia 14 de junho de 1914, na Curuzu, já foi disputado em nove cidades diferentes além de Belém, incluindo partidas em Macapá (AP), São Luís (MA) e até em Paramarimbo, no Suriname. Os clubes também ostentam uma das menores distâncias entre estádios rivais no mundo: apenas 200 metros separam o Baenão da Curuzu, atrás apenas de dois clubes escoceses.>
Entre os grandes personagens da história do clássico está Quarentinha, ídolo do Paysandu, que disputou 135 Re-Pas entre 1956 e 1971, sendo o jogador que mais atuou e também o que mais conquistou títulos estaduais por um mesmo clube no Brasil, foram 12 com a camisa bicolor. Já Jango, pelo Remo, protagonizou uma das maiores goleadas do clássico, marcando cinco gols na vitória por 7 a 2 em um amistoso realizado em 1939.>
O clássico também é conhecido por seus marcos inusitados. Em 1967, por exemplo, Remo e Paysandu se enfrentaram 17 vezes em uma mesma temporada, número recorde até hoje. E foi só em 1978 que o Mangueirão recebeu seu primeiro Re-Pa, encerrado sem gols, mas com arquibancadas lotadas.>
Com tanta história e simbolismo, o Re-Pa 777 promete ser mais que uma decisão: será um espetáculo de tradição, rivalidade e emoção, à altura dos maiores clássicos do futebol brasileiro.>