Rodrigo Santana comemora empate com o Volta Redonda mas chama atenção para time 'morno' do Remo

Em um jogo marcado por um desempenho "abaixo das expectativas", o técnico Rodrigo Santana não escondeu a insatisfação com a atuação do seu time durante a partida contra o Volta Redonda, realizada neste sábado, 21. O primeiro tempo foi particularmente problemático, com Bruno Santos abrindo o placar para o adversário e o Leão mostrando-se "morno" e sem posse de bola.

"Procuramos ter um time com mais técnica, porque sabíamos que teríamos uma pressão muito alta do Volta Redonda. Acompanhamos o jogo contra o São Bernardo aqui, vimos como ele marcavam alto. Se viéssemos com jogadores que apenas defendem, a pressão seria maior. Entramos muito mornos no primeiro tempo, não tivemos a posse de bola, não fizemos o que treinamos, não tivemos amplitude para trabalhar a bola, a paciência que tivemos em casa. Isso fez o adversário crescer", disse.

De acordo com Santana, a equipe falhou em demonstrar amplitude e paciência, características essenciais para uma boa performance. No entanto, a história da partida mudou no final, quando o Leão conseguiu um empate heroico aos 47 minutos do segundo tempo, em uma cobrança de pênalti convertida por Pavani.

"Tenho que comemorar esse ponto que é muito importante, diferentemente de São Bernardo, que tínhamos o resultado nas mãos e chegamos no vestiário pensando que deixamos de vencer. Hoje foi o contrário. Estivemos a partida inteira atrás do resultado, conseguimos um empate que teve sabor de vitória. Acho que se tivéssemos um pouquinho mais de tempo poderíamos até virar, mas isso não pode acontecer dentro de casa, sei que não vai acontecer diante do nosso torcedor, mas foi um jogo que ficamos muito abaixo das expectativas", explicou Santana.

Apesar das críticas ao desempenho geral, Santana destacou a importância do ponto conquistado no Raulino de Oliveira. Ele comparou o empate com o resultado anterior contra o São Bernardo, ressaltando que o gosto do ponto atual foi "totalmente diferente". O treinador explicou que, para buscar a igualdade no marcador, decidiu intensificar o ataque na segunda etapa, inserindo mais jogadores ofensivos, uma estratégia que se mostrou eficaz.

Matheus Anjos, que não vinha jogando muito nesta temporada, foi um dos atletas escolhidos para entrar em campo. Sua presença foi vista como crucial p

"Temos algumas peças com características diferentes, que vamos usar no momento certo. Quando vermos que o jogador está com confiança, onde o jogo pede, e no momento em que eu via que a bola estava chegando na área e precisava de mais homens ali, eu não optei pela saída do Ytalo, optei pela manutenção dele, juntamente com o Ribamar, para a área ficar mais pesada, e ter o Matheus Anjos, que tem uma qualidade de passe, de construção e bola parada maior, porque o nosso time ficou mais ofensivo, abrindo o mar. Fomos praticamente para o tudo ou nada. O Matheus foi muito feliz, me deu essa qualidade que eu precisava, dentro do jogo, era um jogo que pedia essas características. Ele entrou em um momento bom, em um momento certo, foi fundamental nesse embate, sofreu o pênalti, construiu, deixou companheiros em situação boa, tem uma boa bola parada. Eu fico muito feliz com ele, porque, às vezes, o jogador não vem jogando e pensa que a comissão não confia. Não é isso. Entendemos que cada jogo desenha um jogadorara trazer a dinâmica necessária ao time, conforme as características que possui".

Com o olhar voltado para a próxima rodada, Rodrigo Santana está confiante de que uma vitória garantirá a classificação do Leão para a Série B, após três temporadas fora da competição. O jogo contra o São Bernardo está agendado para o próximo domingo, às 16h30, no Mangueirão, que deve estar lotado de torcedores apoiando a equipe.

"Já agradecemos e pedimos para todos que continuem acreditando, que lotem o Mangueirão, que tragam essa energia maravilhosa que deixa os jogadores mais ligados, mais acesos, para conseguir o acesso".