Torcedor do Corinthians é condenado após arremessar cabeça de porco em clássico contra o Palmeiras

Conhecido como “Cicatriz”, ele recebeu pena de um ano em regime semiaberto por crime contra a paz no esporte.

Publicado em 18 de agosto de 2025 às 17:20

Torcedor do Corinthians é condenado após arremessar cabeça de porco em clássico contra o Palmeiras
Torcedor do Corinthians é condenado após arremessar cabeça de porco em clássico contra o Palmeiras Crédito: Reprodução/Redes Sociais

A Justiça de São Paulo condenou o torcedor Osni Fernando Luiz, de 36 anos, a um ano de prisão em regime semiaberto pelo episódio em que arremessou uma cabeça de porco no gramado da Neo Química Arena, durante o clássico entre Corinthians e Palmeiras, em novembro de 2024. Popularmente conhecido como "Cicatriz", ele foi enquadrado por crime contra a paz no esporte. A decisão foi divulgada nesta semana e ainda é passível de recurso em liberdade.

O caso ganhou repercussão à época não apenas pelo impacto no clássico, mas também pela confissão do torcedor. Embora tenha negado ser o responsável direto pelo arremesso, imagens das câmeras de segurança registraram uma pessoa com touca ninja lançando o objeto do setor Sul do estádio. Posteriormente, o próprio Osni admitiu à Polícia que havia comprado a cabeça do animal no Mercadão da Lapa por R$ 60 e a levado até a arena numa sacola. Nas redes sociais, ele chegou a publicar os bastidores da ação.

Em sua decisão, o juiz Fabrício Reali Zia destacou que a conduta não representa rivalidade esportiva saudável, mas sim incitação à violência. “Cabeça de um animal morto não simboliza rivalidade sadia”, afirmou na sentença.

O episódio também gerou punição ao Corinthians, multado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ainda em 2024. Meses depois, em fevereiro de 2025, Osni voltou a se envolver em polêmica semelhante: foi apontado como responsável por deixar outra cabeça de porco em frente ao Allianz Parque, o que levou a Justiça a proibi-lo de frequentar partidas do clube alvinegro.

Apesar da condenação atual, “Cicatriz” seguirá em liberdade enquanto recorre da decisão.