Chile vota neste domingo em eleição marcada por polarização e debate sobre segurança

O pleito ocorre em um ambiente de forte polarização, cenário que persiste desde os protestos de 2019 e que agora se expressa na disputa entre uma candidata comunista vista como moderada e nomes da direita.

Publicado em 16 de novembro de 2025 às 10:46

Eleições no Chile
Eleições no Chile Crédito: Reprodução 

Os chilenos vão às urnas neste domingo (16) para o primeiro turno da eleição presidencial que escolherá o sucessor de Gabriel Boric (Frente Ampla). O pleito ocorre em um ambiente de forte polarização, cenário que persiste desde os protestos de 2019 e que agora se expressa na disputa entre uma candidata comunista vista como moderada e nomes da direita.

A pesquisa Atlas/Intel divulgada no fim de outubro mostra Jeannette Jara (Partido Comunista) na dianteira, com 33,2% das intenções de voto. Em segundo lugar aparecem empatados José Antonio Kast, do Partido Republicano, e Johannes Kaiser, do Partido Nacional Libertário, ambos com 16,8%.

Segurança domina a campanha

Tradicionalmente percebido como um dos países mais seguros da América Latina, o Chile vive um quadro diferente: a segurança pública se tornou o principal tema do eleitorado, superando preocupações históricas como economia, saúde e educação.

De acordo com o levantamento global “O que preocupa o mundo”, da Ipsos, 63% dos chilenos apontam a criminalidade como o maior problema do país — o segundo índice mais alto entre as 30 nações analisadas.

Os dados reforçam a sensação de deterioração da segurança e explicam por que o tema domina o debate eleitoral.

Com informações do Metrópoles