Conflito direto entre Israel e Irã entra no quarto dia com mortos, feridos e ameaças nucleares

Bombardeios entre os rivais históricos intensificam a instabilidade na região e preocupam líderes internacionais.

Publicado em 15 de junho de 2025 às 08:22

Conflito direto entre Israel e Irã entra no quarto dia com mortos, feridos e ameaças nucleares
Conflito direto entre Israel e Irã entra no quarto dia com mortos, feridos e ameaças nucleares Crédito: Reprodução/Redes Sociais

O confronto direto entre Israel e Irã, dois dos maiores inimigos do Oriente Médio, chegou neste domingo (15), ao seu quarto dia, com novos ataques aéreos e bombardeios que ampliam a tensão já existente na região. A troca de mísseis entre os países, antes travada por meio de aliados e guerras por procuração, atinge agora níveis alarmantes, deixando um rastro de mortos e feridos e alertando a comunidade internacional para o risco de uma guerra de proporções imprevisíveis.

Leia mais sobre o caso

Na noite de sábado (14), e madrugada de domingo (15), pelo horário local, o Irã lançou uma nova ofensiva contra território israelense. As sirenes de ataque soaram repetidamente em diversas cidades, obrigando a população a procurar abrigos subterrâneos. O ataque resultou em pelo menos oito mortos e mais de 200 feridos, segundo informações divulgadas pela imprensa local.

Em retaliação, Israel respondeu com força. Aviões de guerra bombardearam alvos estratégicos no Irã, incluindo instalações de petróleo, gás e, principalmente, estruturas ligadas ao programa nuclear iraniano. Entre os locais atingidos estariam prédios vinculados ao Ministério da Defesa do Irã e centros de desenvolvimento nuclear. A ofensiva cumpre a ameaça do ministro da Defesa israelense, Israel Katz, que havia prometido que “Teerã queimaria” caso o regime persa persistisse nos ataques. Após o bombardeio, Katz publicou uma mensagem afirmando que “Teerã está queimando”.

Escalada militar

O conflito ganhou contornos mais dramáticos desde quinta-feira (12), quando as Forças de Defesa de Israel iniciaram o que chamaram de “ataque preventivo” ao território iraniano, com o objetivo de enfraquecer o programa nuclear do país. A ofensiva é vista como uma resposta direta ao avanço tecnológico do Irã nessa área, considerado por Israel uma ameaça existencial.

Na sexta-feira (13), Teerã respondeu com uma primeira leva de mísseis e drones contra cidades israelenses. A nova ofensiva iraniana no sábado reforça o clima de guerra e indica que, ao menos por ora, não há sinais de recuo de nenhuma das partes. A retórica bélica dos dois lados também alimenta o temor de um conflito mais amplo.

Alerta internacional

A escalada acontece em um momento em que o Oriente Médio já enfrenta alta instabilidade por conta da guerra em Gaza entre Israel e o Hamas, iniciada em outubro de 2023. Agora, com os ataques diretos entre Israel e Irã, a tensão se estende para todo o eixo regional, que inclui países como Síria, Líbano, Iraque e as potências ocidentais com interesses estratégicos na área.

O Irã, por sua vez, emitiu um comunicado advertindo Estados Unidos, Reino Unido e França de que qualquer tentativa de interferência nos ataques contra Israel será interpretada como agressão e receberá retaliação militar imediata.

Com os bombardeios em curso e sem sinais de negociação, o mundo assiste, apreensivo, à possibilidade de que o confronto entre os dois países evolua para uma guerra regional, ou até global. Enquanto isso, civis israelenses e iranianos seguem sob ameaça constante, em meio a um conflito que não apresenta horizonte de paz.