Publicado em 26 de outubro de 2025 às 20:30
Neste domingo (26), os argentinos foram às urnas para uma eleição legislativa marcada pela baixa participação, que alcançou somente 66% do eleitorado, o índice mais baixo registrado em eleições de meio de mandato desde a redemocratização do país. O pleito define o apoio popular às reformas econômicas do presidente Javier Milei, incluindo medidas de austeridade e ajustes fiscais, e poderá determinar o rumo da política econômica e da relação do país com investidores internacionais.>
O partido de Milei, La Libertad Avanza, busca ampliar sua representação na Câmara dos Deputados e no Senado, atualmente pequena frente à oposição peronista. O desempenho nas urnas é considerado crucial para a continuidade das reformas e para manter a confiança do mercado, especialmente após o pacote de resgate financeiro de US$ 40 bilhões concedido pelos Estados Unidos, que depende do avanço das medidas econômicas.>
Apesar dos indicadores de sucesso do governo, como a redução da inflação de 12,8% para 2,1% ao mês e a obtenção de superávit fiscal, a popularidade de Milei tem oscilado devido à insatisfação com os cortes de gastos públicos e escândalos envolvendo familiares do presidente.>
A expectativa é que resultados favoráveis, acima de 35% dos votos, fortaleçam o governo no Congresso, permitindo alianças estratégicas e maior controle sobre a aprovação de leis. Em caso de desempenho abaixo do esperado, analistas apontam a possibilidade de desvalorização do peso e ajustes mais severos na política econômica.>
A votação também é acompanhada de perto por investidores e pelo governo dos Estados Unidos, que monitoram a estabilidade das reformas para garantir o sucesso do pacote de resgate e a segurança jurídica para investimentos estrangeiros.>
Os resultados estão previstos para serem divulgados a partir das 21h (horário de Brasília), e devem indicar não somente o equilíbrio de forças no Legislativo, mas também a disposição do eleitorado em apoiar as reformas econômicas de Milei.>