EUA exigem redes sociais abertas de estudantes que solicitarem visto
Medida já em vigor no Brasil atinge categorias acadêmicas, técnicas e de intercâmbio; perfis privados podem atrasar ou impedir concessão
Publicado em 25 de agosto de 2025 às 08:03
Estudantes brasileiros que solicitarem visto para os Estados Unidos terão de manter suas redes sociais abertas ao público durante todo o processo de análise consular. A determinação, anunciada pela embaixada norte-americana no domingo (24), já está em vigor e vale para os vistos das categorias F (acadêmico), M (técnico ou vocacional) e J (intercâmbio cultural).
A exigência integra um pacote de medidas criado ainda durante o governo do republicano Donald Trump, que endureceu os critérios de entrada no país. No comunicado, a embaixada destacou que “obter um visto para os EUA é um privilégio, não um direito”.
Segundo autoridades, a avaliação incluirá uma verificação “abrangente e minuciosa” da atividade digital dos candidatos, com atenção a indícios de “antiamericanismo”. As diretrizes, no entanto, não especificam quais redes serão monitoradas nem os critérios que podem levar à rejeição do pedido.
No Brasil, os agendamentos para entrevistas haviam sido temporariamente suspensos para a adaptação dos sistemas, mas já foram retomados. Agora, além da análise documental, os candidatos passam também por uma triagem digital mais detalhada.
A orientação oficial é que os solicitantes configurem seus perfis para o modo público antes da entrevista. Caso contrário, o processo pode sofrer atrasos ou resultar em negativa.
Por enquanto, a medida é restrita a estudantes e intercambistas, sem previsão de extensão a outros tipos de visto, como turismo, trabalho ou residência.
Com informações do Brasil de Fato
