EUA propõem limitar permanência de estudantes e jornalistas estrangeiros

O governo dos Estados Unidos apresentou nesta quinta-feira (28) uma proposta para restringir o tempo de permanência de estudantes, jornalistas e participantes de programas de intercâmbio. A medida é parte do esforço de Washington para reforçar o controle sobre a imigração.

Pelo texto, vistos de estudante (categoria F) teriam validade máxima de quatro anos. Já jornalistas estrangeiros (visto I) só poderiam permanecer no país por 240 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 240. Para profissionais da imprensa da China, o limite seria ainda menor: 90 dias. Os vistos J, destinados a intercâmbio cultural, também passariam a ter prazos fixos.

Atualmente, a prática do governo é conceder vistos de acordo com a duração do curso ou da missão jornalística, ainda que nenhum visto de não imigrante ultrapasse dez anos de validade. Em 2023, os EUA registraram cerca de 1,6 milhão de estudantes internacionais com visto F, além de 355 mil visitantes de intercâmbio e 13 mil jornalistas credenciados.

Segundo o Departamento de Segurança Interna (DHS), a proposta visa evitar casos de estudantes que prolongam seus cursos indefinidamente para permanecer no país. Em nota, o órgão afirmou que a prática representa riscos à segurança, gera custos para os contribuintes e prejudica cidadãos americanos.

No entanto, dados do próprio governo contradizem parte do argumento: o Departamento de Comércio informou que estudantes estrangeiros injetaram mais de US$ 50 bilhões (cerca de R$ 270 bilhões) na economia americana em 2023.

As regras foram publicadas no Federal Register (Diário Oficial do governo) e estão abertas para consulta pública antes de uma eventual implementação.

Com informações do Metrópoles