EUA reforçam ameaças contra Moraes e aliados: ‘estamos monitorando'

Além de Moraes, o recado se estende a integrantes do STF, da Polícia Federal, da Procuradoria-Geral da República e políticos que venham a apoiar as ações do ministro

Publicado em 7 de agosto de 2025 às 13:25

Presidente Donald Trump 
Presidente Donald Trump  Crédito: Reprodução/X

A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil voltou a fazer críticas contundentes ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e ampliou o tom de alerta a seus aliados. Em publicação feita em português nesta quinta-feira (7) na rede social X, o perfil oficial da representação norte-americana traduziu e reforçou as declarações de Darren Beattie, subsecretário de Diplomacia Pública dos EUA, que acusa Moraes de violações de direitos humanos.

Na postagem, Moraes é chamado de “principal arquiteto da censura e perseguição contra Bolsonaro e seus apoiadores”. A mensagem afirma que suas ações teriam motivado sanções com base na Lei Magnitsky,  que prevê punições a pessoas envolvidas em graves abusos de direitos humanos, incluindo congelamento de bens e contas em instituições norte-americanas, além de proibição de entrada nos EUA.

“Os aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas estão avisados para não apoiar nem facilitar sua conduta. Estamos monitorando a situação de perto”, diz o texto.

A embaixada ainda dá a entender que as punições estariam relacionadas às restrições impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, sugerindo que ele estaria sendo alvo de perseguição política.

Além de Moraes, o recado se estende a integrantes do STF, da Polícia Federal, da Procuradoria-Geral da República e políticos que venham a apoiar as ações do ministro. A ameaça inclui, entre outras medidas, o possível aumento de tarifas sobre o Brasil, a aplicação da Lei Magnitsky a outros magistrados e a suspensão de vistos de autoridades envolvidas em decisões consideradas abusivas por Washington.

O Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental, vinculado ao Departamento de Estado dos EUA, também condenou publicamente as medidas adotadas por Moraes e afirmou que todos os que “auxiliarem ou forem cúmplices da conduta sancionada” poderão ser responsabilizados.

Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro, também entrou no radar dos norte-americanos. Para autoridades em Washington, eventuais sanções contra ela seriam uma extensão natural das punições aplicadas a Moraes.

Atualmente, Jair Bolsonaro é investigado por tentativa de golpe de Estado e por articulações com o deputado Eduardo Bolsonaro para influenciar negativamente as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos.

Com informações do Metrópoles