Incêndio em condomínio eleva número de mortos para 151 em Hong Kong

Após buscas em cinco torres do complexo Wang Fuk Court, polícia confirma 151 vítimas e prende 13 pessoas.

Publicado em 1 de dezembro de 2025 às 10:50

Incêndio em condomínio eleva número de mortos para 151 em Hong Kong
Incêndio em condomínio eleva número de mortos para 151 em Hong Kong Crédito: Reprodução/Redes Sociais

Equipes de resgate e autoridades policiais de Hong Kong confirmaram nesta segunda-feira (1º), que o incêndio que consumiu o complexo residencial no bairro Tai Po deixou um rastro de destruição sem precedentes: 151 pessoas estão mortas, ao menos 79 feridas e cerca de 100 seguem desaparecidas. O balanço oficial foi divulgado após a conclusão das buscas em cinco das sete torres afetadas do condomínio Wang Fuk Court.

As chamas tiveram início em 26 de novembro e se espalharam com rapidez, atingindo prédios que abrigavam quase 4 mil moradores. Investigações preliminares indicam que a propagação do fogo foi facilitada por andaimes de bambu e telas de náilon instaladas no edifício durante reformas recentes, materiais altamente inflamáveis e fora dos padrões modernos de segurança.

Durante coletiva de imprensa, a superintendente-chefe da polícia, Karen Tsang Shuk-yin, informou que, dos 151 mortos, 104 já foram identificados. Ainda há mais de 30 desaparecidos que não foram localizados. A polícia registrou várias denúncias de desaparecimento de trabalhadores da construção civil que atuavam no local: quatro relatos foram encaminhados à linha direta de buscas, sendo até o momento dois confirmados como mortos, um hospitalizado, e um ainda sem paradeiro.

O avanço nas investigações resultou em 13 prisões por homicídio culposo, supostas pessoas responsáveis pela negligência nas obras e pela falha na segurança do condomínio. Segundo o diretor de Polícia Criminal, Joe Chan Tung, o caso está sendo tratado como crime grave, diante das evidências de negligência e desrespeito às normas de segurança.

O secretário de Segurança, Chris Tang, detalhou à imprensa que a polícia recolheu 20 amostras das telas que serviam de proteção ao edifício, em diferentes níveis da estrutura: alto, médio e baixo. Parte dos materiais foi obtida com o apoio de bombeiros que precisaram sair pelas janelas para realizar a perícia. A intenção é investigar a composição dos materiais, determinar se havia irregularidades e responsabilizar os responsáveis por instalá-los.