Líder do primeiro cartel uruguaio segue foragido e movimentou toneladas de cocaína para a Europa

Sebastian Marset, apelidado de “Jogador”, é um dos criminosos mais procurados do mundo com atuação internacional que inclui parceria com o PCC.

Publicado em 27 de outubro de 2025 às 10:32

Líder do primeiro cartel uruguaio segue foragido e movimentou toneladas de cocaína para a Europa
Líder do primeiro cartel uruguaio segue foragido e movimentou toneladas de cocaína para a Europa Crédito: Reprodução

Sebastian Marset, conhecido como “Jogador”, permanece foragido e ocupa o topo da lista da Interpol de criminosos mais procurados globalmente. Líder do primeiro cartel uruguaio, Marset é acusado de comandar uma rede internacional de tráfico de drogas que teria movimentado dezenas de toneladas de cocaína com destino à Europa, em operações que contaram com apoio da facção criminosa brasileira PCC.

As autoridades uruguaias ofereceram uma recompensa milionária para qualquer informação que leve à prisão do criminoso, cuja atuação tem provocado investigações em vários continentes. Segundo os investigadores, nos últimos anos o cartel teria enviado 16 toneladas de cocaína pura a partir da Bolívia, operando com logística complexa e internacionalizada.

A apuração da atuação de Marset no Uruguai durou cerca de dois anos e meio e resultou em uma série de apreensões. Foram confiscados 13 aviões e 80 caminhões usados no transporte da droga, além de sete embarcações e mais de cinco mil cabeças de gado, empregadas como mecanismo de lavagem de dinheiro. Também foram recuperados mais de um milhão de dólares em joias, reforçando a amplitude financeira do cartel.

Entre as apreensões, destacam-se 10 toneladas de cocaína pura, que teriam como destino os portos da Bélgica e Holanda. As investigações indicam que a droga saía da Bolívia em pequenas aeronaves, seguia pelo Paraguai em contêineres escondidos sob produtos agrícolas e, finalmente, chegava à Europa.

O caso ganhou ainda mais repercussão internacional, já que Sebastian Marset também é alvo do DEA, a agência antidrogas dos Estados Unidos, evidenciando o alcance global das operações de seu cartel. As autoridades do Uruguai afirmam que a captura do líder criminoso é prioridade máxima, considerando o impacto de sua atuação no tráfico e na lavagem de dinheiro em escala continental.