Publicado em 4 de julho de 2025 às 12:02
O que deveria ser uma cirurgia simples para a argentina Alison Calfunao, de 30 anos, acabou se transformando em um dos casos médicos mais chocantes já registrados no país. Internada no dia 9 de junho para realizar uma laqueadura, procedimento de esterilização feminina, a jovem acordou da anestesia com uma perna amputada e um transplante de coração.>
A história, revelada na quinta-feira (3) pelo jornal argentino Clarín, gerou comoção nacional e levou a família a buscar justiça. Alison, mãe de duas crianças de 3 e 7 anos, deu entrada na Clínica San Lucas, em Neuquén, na Patagônia. A cirurgia seria inicialmente de baixo risco. Mas algo saiu dramaticamente errado.>
Paradas cardíacas e uma corrida contra o tempo>
Durante o procedimento, Alison sofreu duas paradas cardíacas, que provocaram uma grave insuficiência cardíaca. O quadro foi tão crítico que ela precisou ser transferida às pressas para uma clínica mais complexa, onde entrou em estado de suporte básico de vida.>
No meio da transferência, ela ainda desenvolveu um coágulo sanguíneo e uma infecção grave em um dos pés. Segundo o jornal Río Negro, os médicos decidiram amputar a perna acima do joelho para que ela pudesse ser incluída com urgência na lista de transplantes cardíacos. O coração novo chegou em menos de uma semana: a cirurgia foi realizada no dia 17 de junho, no Hospital Italiano de Buenos Aires.>
Desde então, Alison iniciou uma longa jornada de recuperação, tanto física quanto emocional, agora em uma clínica psiquiátrica da capital argentina.>
Mãe desabafa: “Minha filha morreu naquela sala de cirurgia”>
A mãe da paciente, Carina Calfunao, tem usado as redes sociais para denunciar o que chama de negligência médica. Segundo ela, até agora a família não recebeu nenhum esclarecimento por parte da Clínica San Lucas.>
“Não recebemos uma única palavra. Nenhum pedido de desculpas, nenhuma explicação, nenhuma ligação. O silêncio dói tanto quanto a ferida. Naquele dia, minha filha morreu. Seu corpo e sua vida mudaram para sempre”, desabafou.>
Justiça investiga>
A Promotoria de Crimes Contra a Pessoa da cidade de Neuquén já recebeu uma denúncia formal da família, e o caso agora corre sob investigação judicial. A principal dúvida é entender se houve falha médica, negligência ou omissão de socorro no início do procedimento, e em que ponto a situação fugiu do controle.>
Enquanto isso, Alison luta para se adaptar à nova realidade, marcada por traumas profundos e mudanças irreversíveis em sua vida.>
Com informações do Extra>