ONU conclui que Israel cometeu genocídio em Gaza

Relatório de 72 páginas responsabiliza líderes por incitação.

Publicado em 16 de setembro de 2025 às 19:08

Território da Faixa de Gaza, centro urbano, prédios em escombros
Território da Faixa de Gaza, centro urbano, prédios em escombros Crédito: Redes Sociais/Reprodução

Pela primeira vez, uma investigação independente das Nações Unidas concluiu que Israel cometeu genocídio contra palestinos na Faixa de Gaza. O relatório, divulgado pela Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU, vinculada ao Conselho de Direitos Humanos da organização, representa a declaração mais contundente da entidade sobre o conflito até o momento.

Segundo o documento de 72 páginas, Israel praticou “quatro atos genocidas” desde 7 de outubro de 2023, data dos ataques do Hamas em território israelense que desencadearam a ofensiva militar de Israel em Gaza.

Entre os atos descritos estão o assassinato de palestinos, a imposição de condições de vida que levariam à destruição física total ou parcial do grupo, além de danos físicos e mentais graves e medidas que visam impedir o nascimento de novas gerações palestinas.

O relatório também aponta que “altos líderes do governo israelense incitaram diretamente ao genocídio”, colocando a responsabilidade não apenas nas ações militares, mas também na retórica adotada por autoridades ao longo da campanha.

De acordo com dados do Ministério da Saúde palestino, cerca de 65 mil pessoas morreram em Gaza desde o início do conflito, a maioria delas mulheres e crianças. O número, porém, não distingue civis de combatentes.

Fonte: CNN Brasil