ONU reforça apoio à Ucrânia e defende cessar-fogo imediato com a Rússia
Em carta pelo Dia da Independência, Guterres parabeniza o país e reafirma compromisso por uma paz duradoura.
Publicado em 26 de agosto de 2025 às 15:17
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, manifestou apoio ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em relação a um possível cessar-fogo na guerra contra a Rússia. A declaração foi feita em carta enviada no último domingo (24), data em que os ucranianos celebraram o Dia da Independência.
No documento, Guterres destacou a resistência e a unidade do povo ucraniano diante do conflito que já se estende por mais de dois anos. “Este dia é um profundo lembrete da duradoura resiliência, unidade e determinação do povo ucraniano na sua busca por paz e um futuro próspero (…). As Nações Unidas reafirmam o seu apoio a um cessar-fogo completo, imediato e incondicional”, escreveu.
Zelensky agradeceu a manifestação, mas voltou a criticar a postura russa, acusando Moscou de insistir na guerra, na destruição e em desrespeitar a Carta da ONU. O presidente ucraniano também rejeitou a proposta mencionada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que sugeria uma troca de territórios como caminho para um acordo de paz. “Não entregaremos nossas terras aos ocupantes”, reforçou.
Apoio internacional e segurança
Na terça-feira (26), Zelensky se reuniu em Kiev com o chefe do Estado-Maior da Defesa do Reino Unido, Tony Radakin. O encontro tratou de novos envios de armamentos, financiamento para a produção de drones e cooperação militar para reforçar a defesa ucraniana. Também foram discutidos esforços diplomáticos. “Devemos intensificar nosso trabalho ao máximo e garantir clareza e transparência em tudo o que se relaciona às garantias de segurança”, afirmou o presidente.
Apesar das declarações de apoio internacional, o impasse para um encontro direto entre Zelensky e Vladimir Putin mantém as negociações de paz em suspenso. Para o líder ucraniano, só será possível avançar com pressão conjunta da comunidade global. “Juntos, podemos parar a guerra e garantir uma paz abrangente, justa e duradoura, baseada na Carta da ONU”, concluiu.
