Pai e filho são apontados como autores de ataque durante Hanukkah na Austrália

Um ataque violento durante a celebração da primeira noite do Hanukkah, na praia de Bondi, em Sydney, levou as forças de segurança australianas a identificar pai e filho como os responsáveis pela ação. A informação foi confirmada pela polícia local em coletiva realizada neste domingo (14).

Segundo as autoridades, o homem mais velho, de 50 anos, morreu durante o confronto, após ser atingido por disparos feitos por um civil que estava na praia no momento do ataque. Já o filho, de 24 anos, foi baleado, socorrido e permanece internado em estado crítico, sob vigilância policial.

O atentado ocorreu enquanto a comunidade judaica participava de um evento religioso à beira-mar. O balanço oficial aponta 15 mortes confirmadas, entre elas a de uma criança de 10 anos, um sobrevivente do Holocausto de 87 anos, um rabino de 41 anos e um judeu franco-australiano de 27 anos, que vivia no país havia cerca de um ano. Outras vítimas ainda passam por processo de identificação, e dezenas de pessoas foram hospitalizadas.

Durante as diligências, a polícia realizou buscas na residência do suspeito mais jovem e no veículo utilizado pela dupla para chegar ao local. Nos dois pontos, foram encontrados artefatos explosivos e materiais considerados potencialmente perigosos. Testemunhas também relataram a presença de uma bandeira preta próxima ao carro, descrita como semelhante a símbolos associados a grupos extremistas, informação que segue sob apuração.

As forças de segurança afirmaram que, até o momento, não há indícios de outros envolvidos e o episódio é tratado como uma ação isolada. A investigação agora se concentra na motivação do ataque e na análise do material apreendido.

O governo de Israel fez declarações sugerindo envolvimento do Irã, enquanto autoridades iranianas condenaram o atentado e afirmaram rejeitar qualquer forma de terrorismo, sem responder diretamente às acusações.

A polícia australiana reforçou a segurança em áreas de grande circulação e em locais religiosos, enquanto as investigações continuam para esclarecer completamente as circunstâncias e responsabilidades pelo ataque que abalou o país.