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Publicado em 8 de maio de 2025 às 15:34
Antes de falecer, o Papa Francisco demonstrava grande preocupação com a influência de Donald Trump no próximo conclave. Seu desejo era que o sucessor não fosse conservador e que não permitisse o retrocesso da Igreja Católica. O Papa Leão XIV, é dos Estados Unidos — país de Trump —, tem agora a missão de dar continuidade às reformas iniciadas por Francisco.>
Desde o início de seu pontificado, Francisco promoveu diversas reformas na Igreja. Reestruturou o Instituto para as Obras de Religião (conhecido como “Banco do Vaticano”), combatendo a corrupção e a lavagem de dinheiro. Criou a Secretaria para a Economia, com auditorias independentes, e nomeou leigos e especialistas para cargos relevantes na gestão financeira da Santa Sé.>
No entanto, as reformas que mais abalaram a Igreja foram de caráter pastoral. Em certos casos, Francisco permitiu que pessoas divorciadas e recasadas recebessem a comunhão, o que gerou forte repercussão entre setores mais conservadores. Em 2023, autorizou a bênção a casais do mesmo sexo — sem equipará-las ao matrimônio —, medida que enfrentou rejeição por parte de bispos em países como a Polônia e diversas nações africanas. Declarações como “Quem sou eu para julgar?”, ao se referir a pessoas homossexuais, também causaram controvérsia.>
Durante seu papado, Francisco abriu espaço para que mulheres ocupassem cargos anteriormente restritos ao clero. Além disso, incentivou o debate sobre o diaconato feminino e o papel das mulheres nos ministérios da Igreja.>