Rússia acusa Ucrânia de atacar casa de Putin; Zelensky nega

O governo da Rússia acusou a Ucrânia de realizar um ataque com drones contra a residência do presidente Vladimir Putin, localizada na região de Novgorod, no noroeste do país. A denúncia foi feita nesta segunda-feira (29) pelo ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, negou a acusação e afirmou que a narrativa serve para justificar novos bombardeios.

Segundo o Kremlin, 91 drones de longa distância teriam sido lançados entre a noite de domingo (28) e a madrugada de segunda-feira. As autoridades russas afirmam que todas as aeronaves foram interceptadas e que não houve feridos nem danos materiais. Em tom de alerta, o governo russo declarou que ações consideradas imprudentes não ficarão sem resposta e que alvos para retaliação já estariam sendo definidos.

A acusação surge em um momento sensível do conflito, enquanto os Estados Unidos tentam avançar em negociações de paz entre os dois países. No domingo, o presidente norte-americano Donald Trump recebeu Zelensky em sua residência, na Flórida. Após o encontro, Trump classificou a reunião como excelente e afirmou haver chances de um acordo nas próximas semanas.

Lavrov disse ainda que o suposto ataque não deve interferir nas conversas conduzidas pela Rússia com os Estados Unidos.

Nas redes sociais, Zelensky rejeitou a versão russa e classificou o episódio como uma invenção. Segundo ele, a acusação tem o objetivo de legitimar novos ataques contra a Ucrânia, incluindo a capital Kiev, e enfraquecer os esforços diplomáticos em curso. O presidente ucraniano afirmou que o país não realiza ações que prejudiquem negociações e acusou o Kremlin de adotar um discurso perigoso para minar iniciativas de paz.