Publicado em 11 de junho de 2025 às 14:39
Em um movimento que promete redefinir os rumos da economia global, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (11), que norte-americanos e chineses chegaram a um novo acordo comercial durante reunião realizada no início da semana, em Londres. A informação foi divulgada por Trump em sua plataforma, a Truth Social, e representa um importante avanço nas tensas relações entre Washington e Pequim.>
O pacto, ainda pendente de aprovação formal pelos presidentes Donald Trump e Xi Jinping, inclui cláusulas que vão desde a redução de tarifas até o restabelecimento da entrada de estudantes chineses nas universidades norte-americanas, um gesto simbólico em meio à recente ofensiva do governo contra instituições como Harvard e contra estrangeiros no sistema educacional.>
“Nosso acordo com a China está feito, sujeito à aprovação final do presidente Xi e de mim. Ímãs completos e quaisquer terras raras necessárias serão fornecidos, de primeira, pela China”, publicou Trump, em tom otimista.>
De acordo com o mandatário, o acordo prevê tarifas recíprocas de 55% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos chineses, enquanto Pequim aplicará uma taxa de 10% sobre mercadorias americanas. Apesar da assimetria, o presidente norte-americano afirmou que o pacto representa um “ganho estratégico” para os dois países.>
Um dos pontos mais surpreendentes do acordo é a retomada da emissão de vistos para estudantes chineses. “Forneceremos à China o que foi acordado, incluindo estudantes chineses que utilizam nossas faculdades e universidades, o que sempre foi bom para mim”, disse Trump, indicando uma reviravolta em sua postura até então crítica à presença de estrangeiros no ensino superior dos EUA.>
O entendimento é fruto de uma série de encontros e negociações realizadas ao longo das últimas semanas. No último dia 5, Trump e Xi conversaram por telefone durante uma hora e meia, selando os termos fundamentais do acordo. A conversa foi a primeira desde a reeleição do republicano, que iniciou seu segundo mandato prometendo uma abordagem mais dura com parceiros comerciais.>
Dias antes, nos dias 14 e 15 de maio, autoridades dos dois países estiveram reunidas em Genebra, na Suíça, em uma tentativa de desarmar a guerra tarifária que vinha afetando as duas potências. Na ocasião, os Estados Unidos anunciaram a redução de tarifas sobre produtos chineses de 145% para 30%, enquanto a China sinalizou um corte de 125% para 10%.>
A expectativa, agora, é que o acordo seja ratificado pelos dois presidentes e abra caminho para uma nova etapa de cooperação econômica. Em comunicado conjunto, os representantes dos dois países reafirmaram o compromisso com o diálogo, a cooperação e o respeito mútuo, valores que, após anos de disputas comerciais, voltam a ganhar espaço entre Washington e Pequim.>