Trump conversou Maduro por telefone, diz jornal

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, um dos mais críticos do governo Maduro dentro da administração Trump, também participou da ligação.

Publicado em 28 de novembro de 2025 às 17:45

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, um dos mais críticos do governo Maduro dentro da administração Trump, também participou da ligação.
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, um dos mais críticos do governo Maduro dentro da administração Trump, também participou da ligação. Crédito: Reprodução

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversou por telefone com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no último fim de semana, segundo informações publicadas pelo The New York Times nesta sexta-feira (28). Fontes ouvidas pelo jornal afirmam que o diálogo incluiu a possibilidade de um encontro entre os dois líderes nos EUA, embora nenhuma reunião tenha sido oficialmente marcada.

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, um dos mais críticos do governo Maduro dentro da administração Trump, também participou da ligação. Detalhes sobre o teor da conversa não foram divulgados.

A chamada ocorre poucos dias antes da decisão do Departamento de Estado de classificar o Cartel de los Soles como organização terrorista estrangeira. Washington acusa Maduro de comandar o esquema criminoso.

Nos últimos meses, Trump vinha demonstrando abertura para negociar diretamente com o líder venezuelano, que também declarou estar disposto a um encontro “cara a cara”. Paralelamente, os EUA intensificaram sua presença militar no Caribe, próximo à Venezuela. Segundo o governo americano, mais de 20 embarcações envolvidas no tráfico de drogas foram atingidas por bombardeios recentes, que resultaram em ao menos 83 mortes.

A Casa Branca sustenta que conduz uma operação contra o narcotráfico internacional; porém, fontes do governo norte-americano afirmam, sob anonimato, que o objetivo final seria a remoção de Maduro do poder.

Na quinta-feira (27), Trump afirmou que uma ofensiva terrestre contra o narcotráfico na Venezuela pode começar “muito em breve”, sem apresentar detalhes. Neste mês, a imprensa dos EUA divulgou que o presidente tem avaliado diferentes possibilidades de ação militar no país vizinho.

A estratégia americana inclui o envio de oito navios de guerra, caças F-35 e o porta-aviões Gerald Ford , o maior do mundo, para a região caribenha. Ainda assim, fontes ouvidas pelo site Axios afirmam que, “no momento”, não existe plano para capturar ou matar Maduro.

Trump justificou que a inclusão do Cartel de los Soles na lista de grupos terroristas fornece respaldo legal para atacar alvos ligados ao regime venezuelano. Ele declarou não ter intenção imediata de fazê-lo, mas reiterou que “todas as opções” continuam sobre a mesa.

O governo venezuelano, por sua vez, acusa os EUA de tentarem impor uma mudança de regime. Caracas classificou como “ridícula” a decisão de Washington e nega qualquer relação com o suposto cartel.

Com informações do G1