Publicado em 15 de agosto de 2025 às 13:36
Nesta sexta-feira (15), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebe Vladimir Putin em Anchorage, no Alasca, para uma cúpula de alto risco. Marcado como um encontro “cara a cara”, o encontro ocorre sem a presença da Ucrânia, cujo presidente Volodymyr Zelensky já declarou não reconhecer decisões tomadas sem sua participação.>
O Alasca, ex-território russo vendido aos EUA em 1867, foi intencionalmente escolhido como palco simbólico para a reunião, reforçando laços históricos e destacando sua relevância estratégica na Guerra Fria.>
A reunião, que acontecerá na Base Aérea Conjunta Elmendorf–Richardson, começa com uma conversa fechada entre Trump e Putin, só com intérpretes. Documentos oficiais ao final não estão previstos.>
Interesses em conflito>
Putin entra com vantagem diplomática>
O presidente russo chega à cúpula com o que considera uma vitória: o fim do isolamento ocidental. Ele também é visto como habilidoso em controlar o cenário, apto em influenciar Trump por meio de táticas psicológicas conhecidas.>
Trump tenta se firmar como mediador global>
Desde seu retorno à Casa Branca, Trump alterna punição e concessão a Moscou, oscilando entre sanções e oferta de incentivos econômicos, incluindo acesso russo a minerais estratégicos e possíveis concessões no Ártico, mas sempre reafirma que não negociará territórios sem Zelensky.>
A Ucrânia por fora>
Zelensky foi expressivo ao declarar: “é impossível falar sobre a Ucrânia sem a Ucrânia”, rejeitando qualquer conversa sobre concessões territoriais sem sua presença.>
Críticas internas nos EUA>
Ex-conselheiro John Bolton comparou a decisão de receber Putin nos EUA à controvérsia de convidar o Talibã, enxergando a ação como uma vitória simbólica para Moscou.>
Expectativas moderadas>
Apesar do otimismo de Trump (que chegou a estimar 75% de chance de sucesso), há ampla desconfiança: alguns apontam que a iniciativa pode resultar apenas em um intervalo nas negociações ou em pausa estratégica para a Rússia, sem resolução real.>