CEO da Rumble deixa o Brasil e alega censura da Justiça

Chris Pavlovski, CEO da plataforma de vídeos Rumble, comunicou que irá deixar de atuar no Brasil. Fundada no Canadá no ano de 2013, a plataforma é semelhante ao YouTube e também é bastante utilizada por produtores de conteúdo considerados da extrema-direita, por ter menos regras de moderação que o concorrente administrado pelo Google.

Pavlovski destaca discordâncias com a Justiça brasileira em sua mensagem sobre a saída do país. Segundo ele, a Justiça solicitou a remoção de usuários e conteúdos da plataforma. O CEO disse que irá recorrer das decisões. 'Recentemente, os tribunais brasileiros exigiram que removêssemos certos criadores do Rumble. Como parte da nossa missão de restaurar uma internet livre e aberta, comprometemo-nos a não alterar as metas das nossas políticas de conteúdo. Os usuários com opiniões impopulares são livres para acessar nossa plataforma nos mesmos termos que nossos milhões de outros usuários. Dessa forma, decidimos desabilitar o acesso ao Rumble para usuários no Brasil enquanto contestamos a legalidade das demandas dos tribunais brasileiros', afirmou Pavlovski.

O Rumble entrou na mira do Supremo Tribunal Federal (STF) em janeiro que em decisão, exigiu o bloqueio do perfil de Bruno Aiub, conhecido como Monark, aplicando multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento. Monark teria firmado um acordo de exclusividade para produzir conteúdos no Rumble. Em agosto deste ano, o contrato foi desfeito após decisão do STF que negou o recurso contra a decisão.

'Não serei intimidado pelas exigências de governos estrangeiros para censurar os criadores do Rumble', disse Pavlovski no pronunciado compartilhado nas redes sociais.

Ele afirmou ainda que a empresa é a única a defender a 'liberdade de expressão e os valores americanos'. 'É meu desejo que um dia as big techs se juntem a nós nessa luta e respondam como nós fazemos. Continuarei a dar o exemplo até esse dia chegar', concluiu.

Com informações do Metrópoles