Publicado em 20 de agosto de 2025 às 11:50
Na Sessão Ordinária desta terça-feira (19), os deputados da Assembleia Legislativa do Estado, presididos pelo deputado Chicão (MDB), aprovaram, por unanimidade, o Projeto de Lei n° 344/2025, de autoria do deputado Carlos Bordalo (PT), que dispõe sobre a caracterização do batedor(a) artesanal de açaí, as formas de congelamento e armazenamento da polpa do fruto para a comercialização no Estado do Pará, alterando assim, a Lei Estadual n° 7.565, de 25 de outubro de 2011.>
Segundo Bordalo, a aprovação do projeto representa um passo fundamental para o reconhecimento, valorização e regulamentação dos batedores artesanais de açaí em todo o Estado. "Trata-se de uma resposta concreta à necessidade urgente de equilibrar a cadeia produtiva do açaí, proteger os pequenos produtores e comerciantes locais, garantindo assim, o acesso justo a um alimento essencial à cultura, à saúde e à economia do povo paraense", avalia o parlamentar.>
"O PL propõe medidas práticas e fundamentais, como a definição da figura do batedor artesanal, os critérios sanitários para o congelamento e armazenamento da polpa, e a criação de um estoque regulador para garantir a oferta do produto na entressafra'', explicou.>
''A cadeia do açaí movimenta cerca de 1,2 milhão de toneladas por ano, injetando até USS 1,5 bilhão na economia do Estado. Mesmo com esse montante expressivo, ele representa apenas 3% do PIB paraense. Portanto, esse projeto é mais que uma medida regulatória. é um instrumento de reparação histórica, de proteção cultural, de fortalecimento econômico local e de defesa do direito à alimentação saudável e acessível para todos os paraenses'', concluiu Carlos Bordalo.>
A Alepa aprovou, também, o Projeto de Lei n° 360/2024, de autoria da deputada Maria do Carmo (PT) que institui a Política Estadual de Gestão de Riscos de Desastres e cria o Sistema Estadual de Gerenciamento de Riscos de Desastres no Pará. Segundo a vice-líder do governo no parlamento.>
''Esta iniciativa é não apenas constitucional, mas essencial para o enfrentamento das crescentes ameaças de desastres naturais e decorrentes das mudanças climáticas que afetam o Brasil e o mundo. Dessa forma, a legislação representará um avanço significativo na capacidade do Estado de mitigar os impactos de desastres, salvaguardando vidas, a nossa infraestrutura e o meio ambiente, e fortalecendo a resiliência das comunidades frente aos desafios das mudanças climáticas'', explicou a deputada Maria.>
Patrimônio Cultural>
Os deputados deram aval para o Projeto de Lei n° 274/2024, de autoria do deputado Elias Santiago (PT) que declara as "Erveiras do Mercado do Ver-o-Peso" como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Estado do Pará. De acordo com o parlamentar ''O PL é um instrumento que o Estado encontrou para reconhecer, oficialmente, os setores, os segmentos e as personalidades com tamanha relevância para a cultura do povo paraense. As nossas queridas Erveiras que, atuam há décadas no mercado do Ver-o-Peso já são patrimônios do nosso Estado e são reconhecidas nacionalmente. Elas proporcionam, também, a alegria no mercado e divulgam, com talento e maestria, a cultura rica do povo da Amazônia para o mundo'', disse o parlamentar.>
Por fim, foi aprovado, pelos parlamentares estaduais o Projeto de Lei n° 231/2025 apresentado pela deputada Diana Belo (MDB) que declara e reconhece como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial para o Estado a Festividade do Glorioso São Benedito no município de Irituia, na Região de Integração do Rio Capim.>
A homenagem ao Santo reúne centenas de milhares de fiéis do município de Irituia e acontece há cerca de 134 anos na região. Segundo a parlamentar ''A celebração é um importante símbolo da herança cultural afro-brasileira e da resistência histórica do povo negro no Pará, especialmente dos chamados negros Paqués, que chegaram à região em 1888, logo após a promulgação da Lei Áurea'', justificou a parlamentar.>