Condenados, Torres e Ramagem são demitidos da PF

As portarias assinadas pelo ministro Ricardo Lewandowski serão publicadas no “Diário Oficial da União” nesta quinta-feira (4)

Publicado em 3 de dezembro de 2025 às 14:58

As portarias assinadas pelo ministro Ricardo Lewandowski serão publicadas no “Diário Oficial da União” nesta quinta-feira (4).
As portarias assinadas pelo ministro Ricardo Lewandowski serão publicadas no “Diário Oficial da União” nesta quinta-feira (4). Crédito: Reprodução

O Ministério da Justiça anunciou nesta quarta-feira (3) a demissão dos delegados Alexandre Ramagem e Anderson Torres da Polícia Federal (PF). As portarias assinadas pelo ministro Ricardo Lewandowski serão publicadas no “Diário Oficial da União” nesta quinta-feira (4). 

A decisão atende a uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que condenou ambos por participação na tentativa de golpe de Estado. A condenação resultou na perda dos cargos públicos que ocupavam. 

Mesmo com as demissões, os processos administrativos disciplinares (PADs) contra os dois continuam em curso. 

Quem são os envolvidos

• Alexandre Ramagem — Ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo anterior; hoje deputado federal pelo PL-RJ. Ele foi condenado pela Corte a 16 anos, 1 mês e 15 dias de prisão. 

• Anderson Torres — Ex-ministro da Justiça, e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal na época dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A pena determinada pela Corte para Torres foi de 24 anos de prisão. 

No caso de Torres, a PF chegou a apreender, em sua casa, uma minuta de decreto de “estado de defesa”, considerada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como evidência da conspiração. 

O que muda

Com a publicação das portarias, o vínculo funcional de ambos com a PF é oficialmente encerrado. Eles perdem todos os cargos, privilégios e funções relacionados à corporação, um marco simbólico e legal importante, determinado pela Justiça. 

Apesar disso, os procedimentos administrativos disciplinares seguem em andamento, o que significa que a investigação interna sobre condutas e responsabilidades continua, de forma independente da demissão.

Com informações do G1