Publicado em 22 de julho de 2025 às 12:17
A deputada federal Carol De Toni (PL-SC) protocolou, na segunda-feira (21), um requerimento solicitando a realização de uma sessão extraordinária virtual na Câmara dos Deputados para colocar em pauta três projetos de lei, entre eles o PL 2.858/2022, que propõe anistiar participantes de manifestações políticas realizadas desde 30 de outubro de 2022, data do segundo turno das eleições presidenciais.>
A proposta de anistia atende a uma demanda de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, muitos dos quais foram investigados ou presos após os atos antidemocráticos registrados em Brasília em 8 de janeiro de 2023. A deputada alega que o projeto busca “restaurar a justiça” diante do que considera uma perseguição judicial contra o ex-presidente e seus aliados. Segundo ela, há um “cerco judicial” em curso, que representa uma “grave violação do Estado de Direito”.>
Além da anistia, Carol De Toni incluiu no pedido de votação dois outros projetos que miram diretamente os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF):>
• PL 4.754/2016, que propõe alterações na Lei 1.079/1950 para ampliar as possibilidades de enquadrar ministros do STF por crimes de responsabilidade;>
• PL 658/2022, que estabelece regras e prazos para a tramitação de pedidos de impeachment de integrantes da Corte.>
A deputada justifica a iniciativa como uma resposta às decisões do Judiciário que, segundo ela, ultrapassam os limites constitucionais. “É hora do Congresso reagir à escalada autoritária que temos assistido”, declarou.>
Apesar do pedido, a movimentação tem, neste momento, efeito apenas simbólico e político. A Câmara dos Deputados está em recesso informal, o chamado “recesso branco”, já que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ainda não foi aprovada. Pela Constituição, os parlamentares deveriam permanecer em Brasília durante esse período, mas a regra é tradicionalmente ignorada.>
Além disso, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), editou uma norma nesta terça-feira (22) suspendendo os trabalhos legislativos, inclusive nas comissões, até o dia 1º de agosto. Com isso, a realização de qualquer votação até essa data é altamente improvável.>
Com informações do Poder 360>