Deputados acusam governo do Rio de promover chacina em operação policial

Parlamentares de oposição defendem a aprovação de propostas que promovem mudanças na segurança pública

Publicado em 30 de outubro de 2025 às 12:11

(Deputados dos partidos Psol-Rede e PT-PCdoB-PV, durante coletiva de imprensa)
(Deputados dos partidos Psol-Rede e PT-PCdoB-PV, durante coletiva de imprensa) Crédito: Divulgação/Câmara dos Deputados

Deputados dos partidos Psol-Rede e PT-PCdoB-PV, deram coletiva de imprensa na Câmara dos Deputados após a megaoperação e acusaram o governo do Rio de Janeiro de promover uma chacina em operação policial contra a facção criminosa Comando Vermelho, realizada na última terça-feira (28).

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Reimont (PT-RJ), citou uma projeção de que a ação policial tenha levado a mais de 200 mortes. O governo contabiliza até agora 121 mortes.

“É a maior chacina do Brasil, superando a do Carandiru”, afirmou. “O que aconteceu no Rio de Janeiro nós estamos caracterizando como uma chacina continuada, porque não é a primeira chacina. Pelo que observamos do governo de Cláudio Castro, sabemos que esta é só mais uma das muitas que aconteceram e de outras que virão”, disse.

Os deputados da comissão devem visitar nesta quinta-feira (30), o Complexo do Alemão, comunidade onde ocorreu o conflito entre policiais do Rio de Janeiro e membros da facção ‘Comando Vermelho’. A adenda dos parlamentares inclui uma visita ao Instituto Médico Legal e uma reunião com a Defensoria Pública do Rio de Janeiro e a Procuradoria-Geral de Justiça no estado.

A líder do Psol, deputada Talíria Petrone (Psol-RJ), acredita ter havido falta de planejamento da polícia. “Nós estamos solidários com todas as famílias que foram devastadas pela operação policial, que na verdade é uma chacina”, declarou. “O que tem sido feito para enfrentar as organizações criminosas é um banho de sangue. Há décadas a gente enxuga sangue. Os índices de criminalidade permanecem crescendo de forma exponencial, e as famílias sendo destruídas por um modelo de segurança pública encampado pelo governador Cláudio Castro, que é incompetente e covarde.”

Com informações de Câmara dos Deputados