Deputados de Minas Gerais criticam pré-candidatura de Zema à Presidência; saiba mais

Um grupo de 20 deputados estaduais de oposição ao governador Romeu Zema (Novo-MG) divulgou nesta semana uma carta criticando o lançamento de sua pré-candidatura à Presidência da República. Assinada pelo Bloco Democracia e Luta, que reúne parlamentares do PT, PC do B, PSOL, Rede e PV, a carta acusa Zema de priorizar ambições pessoais em detrimento do Estado e de “abandonar Minas Gerais para se lançar em uma pseudocandidatura”.

Segundo os deputados, quase sete anos de gestão resultaram em um “desastre camuflado por lacrações”, reforçado por uma verba publicitária de R$ 147 milhões que, segundo eles, busca “vender a imagem de um político inovador, ainda que suas ações coloquem em risco o povo mineiro”. Entre as críticas estão cortes de combustíveis para viaturas policiais, tentativas de privatização e abandono da rede estadual de ensino, negligência na saúde, redução de R$ 1 bilhão em programas de combate à pobreza e gastos com bufês de luxo, além de reformas em estradas que beneficiariam interesses pessoais.

Os parlamentares também apontam que Zema teria elogiado políticas de líderes estrangeiros que “afrontam a soberania nacional” e adotado posturas críticas ao BRICS que poderiam colocar em risco 187 mil empregos, segundo a Fiemg. O governador também é acusado de favorecer grandes empresários com isenções fiscais bilionárias, enquanto reajustou seu próprio salário em 300%, contra 3% dos servidores.

A carta finaliza defendendo que Minas Gerais não pode ser usada como trampolim político. “Nosso estado é a síntese do Brasil, guardião de sua história, de sua cultura e da dignidade de um povo que merece respeito e futuro. O que não é bom para Minas, nunca será bom para o País”, afirmam os deputados.