Governo Trump admite que ofensiva contra o STF não livrará Bolsonaro da cadeia

A avaliação entre setores da gestão Trump é de que Bolsonaro poderia ser agraciado com o indulto.

Publicado em 26 de maio de 2025 às 11:40

Governo Trump admite que ofensiva contra o STF não livrará Bolsonaro da cadeia.
Governo Trump admite que ofensiva contra o STF não livrará Bolsonaro da cadeia. Crédito: Reprodução/Redes Sociais

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avalia que a imposição de sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), não terão efeito prático sobre o julgamento de Jair Bolsonaro (PL), acusado de tentativa de golpe de Estado, apesar de considerar cada uma das imposições. Governo Trump admite que ofensiva contra o STF não livrará Bolsonaro da cadeia.

Um representante da Casa Branca afirma que a ofensiva diplomática contra o STF — que inclui a possibilidade de acionar a severa Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes — não deverá alterar o posicionamento dos magistrados da 1ª Turma da Corte. Embora integrantes do governo Trump considerem provável uma eventual prisão de Bolsonaro, acreditam que ela seria breve.

A expectativa entre esses interlocutores é de que o ex-presidente poderá ser liberto posteriormente, por decisão política interna do Brasil, em caso de eventual eleição, em 2026, de um presidente de direita ou extrema-direita. A avaliação entre setores da gestão Trump é de que Bolsonaro poderia ser agraciado com o indulto.

Bolsonaro poderá ser preso até julho deste ano

No Brasil, lideranças do Centrão intensificaram os alertas sobre a possibilidade concreta de prisão de Jair Bolsonaro já nos próximos dois meses. Políticos com bom trânsito no Judiciário, oriundos de partidos como União Brasil e Progressistas, informaram aliados do ex-presidente de que sua prisão pode ser decretada até o fim de julho.

A previsão contrariou parte do bolsonarismo, que estimava um desfecho apenas em setembro. Desde que Bolsonaro foi tornado réu, em março, o Supremo tem conduzido a fase de coleta de depoimentos em ritmo acelerado. Essa etapa deverá ser concluída no início de junho. Na sequência, as defesas ainda poderão solicitar novas provas ou diligências.

Depois disso, o STF passará a ouvir os réus diretamente. O processo seguirá com as alegações finais das partes e, só então, com a prolação da sentença. Eventuais embargos ainda poderão ser interpostos antes que se determine a execução da pena.