Publicado em 28 de agosto de 2025 às 13:24
A Justiça italiana decidiu manter a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) presa, avaliando que há “risco máximo” de fuga caso ela seja liberada. Com isso, a parlamentar seguirá detida até que seja definida sua extradição para o Brasil.
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Zambelli participou de uma audiência nesta quarta-feira (27), diante de três juízes. Sua defesa apresentou um laudo médico de quase 90 páginas, produzido por uma perícia independente, no qual aponta que a congressista sofre de pelo menos dez doenças e que seu estado de saúde teria se agravado no período em que está encarcerada.>
O tribunal, no entanto, entendeu que a prisão pode ser mantida desde que a parlamentar receba acompanhamento médico. Segundo a decisão, a unidade prisional onde ela está detida dispõe de estrutura capaz de garantir a aplicação correta de medicamentos, além de monitoramento contínuo de sua condição de saúde.>
O advogado da deputada, Fabio Pagnozzi, afirmou à colunista Andréia Sadi, do portal G1, que a perícia oficial solicitada pelo Estado italiano foi superficial, já que o perito teria falado por apenas dois minutos, limitando-se a concluir que Zambelli poderia permanecer presa. Ele também contestou a alegação de risco de fuga, argumentando que a parlamentar não possui passaporte — nem brasileiro, nem italiano — e está sem acesso a recursos financeiros, pois suas contas e as do marido foram bloqueadas por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).>
Presente na lista de difusão vermelha da Interpol, Zambelli foi presa no dia 29 de julho. Ela já havia sido condenada pelo STF a dez anos de prisão, acusada de ser a mentora da invasão hacker aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na semana passada, recebeu uma nova condenação: cinco anos e três meses de prisão por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com uso de arma. A defesa nega os crimes e afirma que recorrerá das decisões.>
Com informações do Pleno News>